domingo, 14 de setembro de 2014

FANTASMAS



Perseguem a mim fantasmas horripilantes,
ou quem sabe, amantes da solidão.

Acho que amantes da solidão
e do borbulhar de notas musicais formando um chorinho.

Chorinho que ainda ilumina a alma de poucos,
ou muitos, se considerarmos a ousadia do bom gosto...

Em cada nota musical, a alma transcende em belezas sadias e de volúpias
volupudiadas em dedilhar dos dedos que perseguem o som.

Minto. Não perseguem o som: deixam a alma transbordar em alívio
para a solidão.
A alma se completa a si mesma no rodilhar do som a verdejar esperanças.

Esperanças de que a sensibilidade volteia o mundo,

Esperanças de que o mundo tem jeito,
Até eu tenho conserto...

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