quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sangrando

O corpo sangra.
Falar do coração é pouco para uma alma que se esfacela em mil fragmentos.
A mente humana é pequena demais diante dos olhos do corpo.
Corpo que se dá por inteiro e recebe em troca a fadiga de uma alma pequena.
Não sou grande. Mas não sou vil.
Sou pequena como uma flor do campo a exalar perfume pelo ar,
Ar infecto de sujidades que não percebem o cheiro da flor.
Sujidade que dá licença à pureza da alma que se esfacela na profundidade.
É na profundidade que a alma se faz verdadeira.
Voo razante são para as moscas em busca de dejetos.
Dejetos que já se foram da alma que aspira o calor da lua cheia.

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