sábado, 1 de maio de 2010

Madeleines...

Tenho a alma ferida como só...
A respiração está curta e a angústia abriga o peito.
Sem saída, eis a questão: de um lado, a dor da solidão, por outro lado,
a impotência diante das surpresas da vida.
Nunca se espera a dor do outro que atinge seu ser,
Como se não bastasse a saudade do amor que se foi.
Amado amante que se derramava em sorrisos altivos,
dentes alvos a soletrarem o sentimento alvoroçado da casa,
que desenhava em suas paredes a alegria do viver a dois.
Lua cheia como hoje, colchão na varanda,
amor desatinado sob estrelas, amor enlouquecido sobre a luz do vagalume.
Saudade do amor esparramado em notas musicais pelos sabores exalados da cozinha.
Reminiscências vazias em forma de fada nas costas da mulher.
Lembranças tatuadas em clave de sol e nota musical no pulso que manuseia o arco do violino;
notas musicais que choram o amor que se acabou.

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