quinta-feira, 13 de maio de 2010

Catarse

Viajo dentro de mim em busca de núcleos de vida.
Degladio com o pai: ora santo, ora humano, ora demônio.
Esse pai faz parte da vida profissional da mulher.
Seu trabalho que marcou uma era,revira as entranhas quietas,
de uma pessoa que quer paz.
Esta busca do velho farmacêutico é uma catarse,
que faz tonto o coração: o intelecto se rebela,
o coração se desmancha, a vida se desfaz em porquês.
A infância brinca de rodas na cabeça da mulher que se nega
a qualquer crítica a uma vida que foi real.
No entanto, portanto, continuo o mergulho
que esfacela os sonhos possíveis.
Não tive um santo.Não tive um amante. Tive um pai que encantou as pessoas com seu lema:
Viverei hoje como se fora o último dia da minha vida!
E a mulher se retorce em dores sentidas por quem tem a alma doce...

Um comentário:

  1. Quão bela é a filha que não teve um amante e teve uma infancia de rodas. Encantada infancia! tão grande quanto a roda q gira cheia de meninas com vestidos de chita e meninos de roupas ragadas (todos imaginados por quem sempre achou na solidão sua melhor companhia)... Em todo caso! tenho estado a pensar q a infancia é do tamanho da roda que gira em nossa cabeça ao som de alegre música triste... bela, colorida, passageira, real... depois q a gente cresce, a gente se retorce e busca no passado a figura dos feiticeiros...eles também eram crianças, só q crianças pouco mais crescidas daquelas a já nao brincavam de roda... As vesperas do sol bater a porta, vc vei me encantar com suas palavras tenues e sem fim...

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