Sou como o passarinheiro a me vestir de espinhos contra a nebulosidade da manhã.
Sou cobra cascavel a mudar de peles conforme a estação.
Sou veneno da serpente a destilar mentiras sofridas em noites de solidão.
Sou veneno a amargurar perdas e danos no solfejar amargo da perda que me enfurece.
Sou asa quebrada na solidão de quem ama o vazio,
Vazio profundo que me leva à busca do alvorecer...
Alvorecer que dita notas musicais e sorrisos bemóis ao invés
de amarguras que ferem o coração de quem amou.
Para Paulo Couto
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