sábado, 19 de março de 2011

Noite

É comum ouvir que o poeta é um sofredor.
Carrega em seu peito as dores e sentimentos de perdas, desencontros e solidão.
Verdade.
Até a alegria tem seu alto preço na perspicácia da solitude.
A imaginação do poeta o leva ao faz de conta da companhia que não existe.
Desorienta a loucura e traz movimentos oníricos de prazer...
Me confesso ante a voz que não diz sim.
E me perco entre palavras e gestos do vazio.
Incerteza.
Nada que faça o encontro de estrelas, de almas que se parecem afins.
Sedução da plenitude que não vem
E faz chorar pingos de luz na imensidão da noite.

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