segunda-feira, 14 de março de 2011

Desengano

Não sei o que há, o que houve, o que não haverá.
Cigana matreira, sabotou o coração de uma mulher
que esperou pelo amor doce do amado desconhecido...
Um nome, um desejo, um desencontro infeliz, impedimento passível de perdão que não veio.
Não houve a entrega, o tocar de corpos, olhos nos olhos cheios de desejo.
Pobre cigana... sua infabilidade foi desprezada pela ignorância infantil que assolou a alma.
A solidão é mascarada pela amizade que há no encontro de dois seres desamados, duas almas perdidas no barulho da chuva, no vento que assobia pela escuridão da noite.
Não haverá passeio pela madrugada, sorvete em dia de sol, nem café em noites frias.
Sei o que há: mágoa que entontece o coração do viajante perdido em noites insones,
no viajar noturno, dor da ferida provocada pela escuridão da estupidez de alguém que teve medo de amar.
Para N.H.

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