Vivo secretamente a alegria de amar.
Antes, trazia em mim a alegria desconfortável de uma vida frívola e sem sentido.
Agora faço descobertas diárias de um amor que brota de teimoso entre pedras, pedregulhos, enfeitadas de cactus floridos.
Flores, que além de ornamentarem a alma, matam a sede de um coração que se via aprisionado pelo medo.
Sedento da segurança trazida pela sabedoria do viver sabido do meu amor.
Sábio traçado na solidão da dor que o fez homem.
A alegria não é mais secreta. É construida dia a dia,
entre substantivos, adjetivos e metáforas sinuosas.
A liberdade se constrói ao som de fados,
música que espalha a paz pelo coração antes oprimido pela dor.
Visto a alma de verde, esperança de gargalhadas que se afloram no rosto da mulher,
que transcende a alegria de amar.
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