quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

DESAFIOS

Nada tem sentido quando a vida persegue sonhos e tentativas de realizações.
Depois de longo hiato, me sinto pronta a retomar projetos abortados por problemas alheios à vontade.
Acontece que adoro desafios e não são boatos impróprios de pessoas mal informadas, que ouvem o galo cantar, mas não sabem de onde, que vou me abater.
Julia... amada pelos amigos, odiada pelos invejosos. Assim, nomes delicados se referem a mim.
Mas a inveja não me alcança. Tenho santo forte e várias portas se abrem ao meu coração sincero. Tenho alma pura, acobertada por olhos verdes, esperança de quem ama a vida, família, amante, amigos e trabalho.
Como uma formiga, fui traçando meu caminho pela vida vivida a cada minuto, ora dor, ora alegria... Ora frustrações, ora conquistas.
Uma gangorra de surpresas: Ah! coração... Aguenta o tranco que desafios brincam com os brios de uma mulher guerreira que não se abate com ameaças vãs.
Nestes momentos, ora estou numa cachoeira, ora pulando ondas no mar ou pisando em algas coloridas.
Não sou perfeita, mas sou tinhosa... Não piso, mas me transmudo em camaleões que se defendem do perigo, para mim, imaginário.
Moinho de vento. Isto! Como Quixote, afasto invejosos imaginários, perdidos em sua pequenez...
Almas pequenas, espíritos vãos que se preocupam com a continuidade da mesmice.
Não é a toa que amo Adélia Prado, quando diz: "Mulher é desdobrável".
E eu sou.
Pensam que estou inerte... Ah! imbecis... Estou a mil por hora, a mente fumegando e o coração aos pulos.
Tenho cabelos nas ventas, não é Julia Carolina da Cunha?
Desafios fazem cócegas em quem já se desdobrou em mil...

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