sexta-feira, 23 de abril de 2010

Loucos

Andei entre loucos, loucos perdidos na solidão
e na perda da sensatez.
Nenhum parecia triste, todos sorriam e deliravam sob o impossível.
Divagavam sobre coisas e sentimentos perdidos ou achados em sua lucidez.
Afinal, que é ser louco?
É perder a razão ditada pelos homens ditos normais?
Entre o movimento da loucura, sai um rabecão.
Algum deles cansou-se da busca diária da normalidade e decidiu voar.
E voou.
O céu estava azul e o sol refletia a indiferença dos companheiros.
Da próxima vez serei eu, pensava um deles.
E eu saí dali acobertada pelo anjo da guarda que secou minhas lágrimas.
Eu fui meu anjo. As mãos acariciaram o rosto para clarear a visão do céu.
O céu é azul e o sol se faz presente até o brilho da lua crescente.

2 comentários:

  1. Lindo texto, prima, cheio de sentimentos de sua boa alma!
    A loucura é mesmo relativa!
    Bjs

    ResponderExcluir
  2. E são as asas deste espírito sobrevoantevivente que nos elevam nos voos diárias, que nos salvam de chafurdar na lama e afundar na desilusãodesistente...existimos além de sobrevivermos! Voe minha linda, voe como o verde dos seus olhos, como o verde deste teu espírito iluminado que sabe que viver é mais que preciso: é precioso.

    ResponderExcluir