domingo, 10 de fevereiro de 2013

DIVAGAÇÕES

Não vejo o mar.
Não caminho com o corpo semi nu pelas areias douradas que contornam o infinito.
Meus pés não se banham na águas da cachoeira.
Suas solas não se curvam diante das pedras que te permeiam, nem mostro no olhar o prazer de ser o que sou.
Meu corpo sequer se refresca na água clorada da piscina.
Água azul que engana como espelho, a bruxa má se deliciando em seu reflexo.
Sequer danço o samba que colore as ruas com os dizeres: "Quanto riso, oh quanta alegria"...
Mas minha alma se delicia com o gelado da cerveja e com o mau humor de quem não me entende. Graças aos deuses que me guardam, o amor enche meu peito e esvazia o espaço da solidão.
Não sou só. Há pessoas que enchem o ser que espera você se aproximar.
Reconstruo momentos da sua chegada. Será doce.
Assim como são doces as doçuras das flores, durante o trabalho das abelhas.
Abelhas laboriosas tecendo o mel com ferrões abençoados.
Ferrões abençoados a se fazer de mel na doçura do dia que arde...
A noite, durmo.
A noite se desfaz em pétalas de flores sugadas desde o amanhecer.
Sou criança. E meu cobertor é tecido por pétalas coloridas das flores que se fizeram mel.



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