Sinto a liberdade brincar com os meus cabelos e o vento desenha cores em meu sorrir.
Tantos dias perdida, alvoroçada de medo,
Medo que minha solitude fosse invadida.
Não sei mais o que é dividir as asas com ninguém que tem o dom de me fazer infeliz.
Viajo entre sonhos, cavalgo numa estrada colorida e o corpo esvoaçante brinca entre fantasias e
perspectiva de liberdade,
Meu Deus, como demorei a enxergar o mal que me traria os escombros do passado...
Agora sinto o vento na pele que se arrepia de prazer.
Prazer. viajor das campinas verdejantes sob as ancas de um cavalo.
Cavalo marchador, que às vezes galopa por caminhos inusitados, pedregosos ou abençoados por estradas macias...
O cabelo, voa solto como a alma, menina deslumbrada sob as ancas do cavalo que se perde na liberdade.
Beijos molhados, abraços apertados na imensidão de espaços que abrigam dois seres vívidos pela paixão .
Como é adocicado o mel a escorrer pela boca sedenta de toques, magia perfumada pelas flores silvestres a se dependurarem na garupa do cavalo que relincha de satisfação.
E o seu trote deixa marcas encobertas pelo corpo amadurecido da mulher que se faz presente
no galgar infinito da felicidade.
E o medo, esse ignoto sentimento, se escorre para as patas do cavalo, quando é pisoteado pelo sentimento de liberdade...
E o casal, salvo pela ignorancia do pensamento equivocado, galopa junto pela imensidão do ser, pelo levitar transgredido pelo pensamento saudável trazido pela sabedoria...
Sapiens...tudo que a vida proporciona após a lavagem da alma, após a libertação definitiva do viver.
Estou livre. Transgredi a ignorancia do sentimento de posse a maltratar minha pele, a puxar os cabelos amortecendo o cérebro do seu pensar.
E galgo a passos lentos nos braços do homem que me faz feliz...