Como definir o dia da poesia se as palavras brincam com a vida a cada despetalar de flores?
Poesia se faz presente a cada momento da explosão de sentimentos,
seja ela ferina ou doce do perfume das flores,
do gorjear de pássaros que se fazem naturais diante um mamão maduro.
São como gatos que miam céleres diante da magnitude de casas e jardins que os acolhem.
A poesia se faz presente a cada segundo do viver, seja ele adolescente ou adulto,
seja diante do navio negreiro, seja ele diante do mar, seja ele diante da cerveja degustada entre
quatro paredes.
A poesia se faz presente diante da mulher atrevida que escapole do ventre da mãe e brinca
de amarelinha pela calçada da rua pedregosa que se faz de madrinha...
Não há madrinha, muito menos dia da poesia.As palavras se desenrolam como se fora o destarrachar das chaves de uma porta.
Porta que se faz menina fazendo pirraça e sendo desenroscada pela mão infantil que insiste em ser livre.
Livre é o vento que assobia permitindo que as almas de todos os poetas, vivos ou natimortos,
ressurjam na vastidão de jardins cobertos de borboletas...
E o borboletário cheio de larvas permite o esvoaçar de palavras que se transformam em poesias!
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