tag:blogger.com,1999:blog-12538268369633058352024-02-08T04:56:31.137-08:00alma cigana19Blog de poesias pessoais e deixo livre comentários e críticasJúlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.comBlogger257125tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-86673126594354313052017-07-05T02:24:00.001-07:002017-07-05T02:24:36.626-07:00 MEDO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Fui morar em Ferros buscando uma adolescência perdida.<br />
Momentos em que não vivi no momento certo.<br />
Encontrava-me entre os muros do internato e das rezas que mal mal entendia!<br />
<br />
Ledo engano!<br />
Em princípio foram risadas, passeios e porres- barato que não me satisfaziam: feriam a alma.<br />
Corri das amizades sinceras e envolvi com pessoas que aproveitavam da falsa alegria que domava o coração.<br />
<br />
Raras exceções. Amigos reais eu tive e recebi em minha casa, meu paraíso.<br />
<br />
Hoje, pago o preço da insubordinação vazia e trôpega.<br />
<br />
Não compreensão dos primos queridos e mágoas acumuladas no peito dos filhos que amo tanto.<br />
<br />
<br />
Voltei ao ninho. Explodo de vontade de sentir novamente a amizade dos filhos.<br />
<br />
O psiquiatra amigo refaz comigo a vida perdida e cambaleante, , refaço o caminho da paz.<br />
<br />
Tenho medo. Os exames de saúde alertam o médico e a mim.<br />
Resultado da invigilância e da sensação de eternidade.<br />
<br />
Percorro o caminho de volta, em busca da paz, da verdadeira alegria, do sorriso maroto que completava minha vida.<br />
<br />
Vou encontrar. Não uma pasmaceira de vida, mas uma vida real sem subterfúgios grotescos e vergonhosos.<br />
<br />
Tenho quem me orienta. E, com uma lanterna acesa, ilumina o coração magoado pela minha futilidade.<br />
<br />
Claro que tropeçarei. Não sou Deus.<br />
Sou um ser humano que cometeu erros e acredita na infinita beleza do perdão.<br />
E sigo em frente, com a alma iluminada!<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-57133849104769420392017-06-18T17:07:00.001-07:002017-06-18T17:07:50.819-07:00ATITUDES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
O coração inquieto prepara-se para a terapia.<br />
O divã me aguarda para amparar o peso do vazio em que se transformou a vida.<br />
<br />
Quero paz. Nada de buscar no álcool a solução para as dores que afogam de culpa a vida.<br />
O barato será outro.<br />
<br />
Respiro pensamentos a volitar a alma na gangorra da<br />
procura da atitude.<br />
Atitude de me buscar na escuridão do porre que me afoga de dores quando acordo.<br />
<br />
Atitudes que me farão afundar os pés nas areias das praias e mergulhar nas águas mornas do Ceará.<br />
Lá estarei por inteiro,<br />
<br />
E como uma borboleta romperei o trançado do casulo a sufocar meu voo.<br />
<br />
Atitudes.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-16996299396838995412017-02-14T03:45:00.000-08:002017-02-14T03:45:49.543-08:00 PEROBA!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Ando eufórica pela casa e arrumo com carinho a bagagem da viagem que se aproxima...<br />
Observo a cada momento , os bilhetes que abrirão as portas do avião que me levará a Fortaleza..<br />
<br />
Dessa vez será diferente... Será uma estadia à beira mar, numa roça chamada Peroba!<br />
<br />
Organizo a bagabem com cuidado e, com carinho cuido das mudas de ora pro nobis e couve, que levarei para meus amigos!<br />
<br />
Oba! Fortaleza terá ora pro nobis, e com certeza, o franguinho acompanhado da planta mineira com o delicioso angu.<br />
<br />
Minas e Ceará se dão às mãos numa viagem paradisíaca.<br />
<br />
Tudo é maravilhoso e estou me preparando para a felicidade.<br />
<br />
Minhas mãos estão aflitas para amassar nosso insubistituível pão de queijo, que se juntará aos peixes e camarão...<br />
<br />
E meu corpo se entrega todo na possibilidade que se aproxima:<br />
banho nas águas mornas e verdes do mar de Fortaleza , o encontro com amigos queridos e o balanço aconchegante na rede que me aguarda com ternura!<br />
<br />
E lá vamos nós!</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-77972564404325378982017-01-26T14:59:00.001-08:002017-01-26T14:59:17.451-08:00 NOVELOS DE SONHOS!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<br />
<br />
A vida é como novelo de linha nas patas de um gato...<br />
Ele rola e desenrola a linha, como um brinquedo de faz de conta.<br />
Todo o desenrolar não passa de uma brincadeira séria, um enrosca enrosca a brincar com os mistérios dos encontros e desencontros dos dias vividos.<br />
<br />
Nesse enrolar e desenrolar, reencontrei amigos no viravoltear da vida!<br />
Profissionais amigos com quem troquei experiências: ganhei mais ciências e sabor de vida que o novelo de linha pode permitir.<br />
<br />
Ah! a vida é uma caixa de surpresas<br />
<br />
Surpresas que nos acordam do marasmo vivido a sós.<br />
<br />
Não é necessário dizer quem são essas pessoas.<br />
<br />
O importante é que sonhamos juntos e o sonho toma pé no sonho sonhado no passado.<br />
<br />
De quem falo, sonham como eu e continuam a sonhar<br />
no viravoltear da vida, no gramado verde da esperança .<br />
<br />
Companheiros, estamos aqui.<br />
<br />
E o nosso sonho é acompanhado do bem querer e de um novelo longo a desenrolar na calada da noite.<br />
<br />
<br />
E na luz do sol, devagarinho, linha a linha, vamos tornando nosso sonho em realidade!<br />
<br />
Força, meus amigos!<br />
E cada sonho sonhado será um tijolo na construção da realidade!<br />
Caminhemos...<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-66814579323902875672017-01-22T05:11:00.000-08:002017-01-22T05:11:09.034-08:00 FAMÍLIA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Ando em passos curtos e bem devagar.<br />
Sou feliz no meu quadrado, e mais feliz ainda com a presença da minha família constituída.<br />
<br />
Com a chegada deles. acordo cedo, depois de ter preparado o cardápio e deixado a casa em flores.<br />
São três filhos, três noras e dois netos.<br />
<br />
Uma criança de oito meses e um rapaz de dezenove anos.<br />
<br />
Vou cedo para a cozinha. Sempre preparo uma comida de acordo com o gosto deles:<br />
<br />
- Mae, isso não gosto.! Mais que depressa preparo o que posso agradar a cada um.<br />
<br />
<br />
Sou feliz assim, apesar de morar sozinha. Janna é minha companheira de todas as horas. Sempre deitada sob meus pés, cochilando enquanto escrevo. Espera calmamente que eu termine.<br />
<br />
Enquanto isso, espero a próxima visita.<br />
<br />
Acontece.<br />
<br />
Só andar devagar e aguardar com ternura o toque do interfone.<br />
Filhos são empréstimos de Deus. Permite que os acolhamos por um período.<br />
Ele dá as cordas. Já permitiu nosso trabalho de parto e o fato de ajudá-los no ato de crescer e amadurecer.<br />
Agora são pipas.<br />
<br />
Precisam do voo e da liberdade que os faz viajar pelo mundo.<br />
<br />
Enquanto isso, ando a passos curtos pelo meu quadrado.</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-84156674769424152342017-01-17T17:48:00.003-08:002017-01-17T17:48:33.476-08:00 RECORDAÇÕES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Vivi uma temporada na terra em que eu cresci.<br />
A chegada foi uma doce surpresa e o coração saltitava de felicidade.<br />
<br />
Fui de caminhão., Além das minhas coisas, duas cadelinhas me acompanharam,<br />
Os olhos passearam pelas ruas e edificações que me traziam recordações de infancia.<br />
<br />
Minha casa era linda e confortável e o que mais me encantava era o quintal. Um jardim multicor, esbanjando flores, folhagens de toda espécie. Orquídeas aconchegavam-se nos troncos das árvores, remanescentes da Mata Atlântica.<br />
Da minha janela, via a lua prateada que nascia no majestoso pedrão.<br />
<br />
No fundo, corria o Rio Santo Antonio, rio da minha aldeia que enchia de vida o meu viver. O sussurro das águas amortecia toda a dor viajada comigo em busca do seu final.<br />
<br />
Andava pelas ruas de pedra e identificava cada edificação que pertenceu à minha família e as lembranças transformaram minha vida numa caixa de surpresas.<br />
<br />
Os olhos observavam as pessoas e me via ainda criança. Mas foram poucas as pessoas reconhecidas.<br />
<br />
O tempo é cruel e passa inexoravelmente.<br />
<br />
Claro que encontrei<br />
<br />
<br />
pessoas que fizeram parte da minha vida. E fiz novas amizades.<br />
Os passeios realizados nas Palmeiras eram dia de festa. Até pic nic fizemos...<br />
Molhar o corpo na água corrente e pura enxaguava a alma que saltitava de alegria.<br />
<br />
Posso morrer feliz. A estadia em Ferros foi o suficiente para revigorar a vida de surpresas e descobertas maravilhosas.<br />
<br />
Até caminhei pelos ladrilhos hidráulicos da escola onde estudei..<br />
<br />
Tudo encantador. Principalmente o tocar do sino e o canto das maritacas . disputando a melodia com o canto dos galos.<br />
<br />
Fui feliz. Uma felicidade que jamais esquecerei.<br />
Felicidade que gangorra em minha alma e pede licença pra voltar.<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-71598704121455037552017-01-13T08:23:00.000-08:002017-01-13T08:23:00.323-08:00 REENCONTRO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
Andei perdida, sem serventia, ao me desvincular das palavras que me levam ao céu.<br />
Muitas tentativas para encontrar minha alma, que vagava pelas ruas do meu lugar...<br />
Enfim, me encontrei através de um amigo. As sílabas ainda gaguejam ao formar palavras.<br />
<br />
<br />
Volto á rede e pergunto ao coração: _ que houve comigo?<br />
Como retomar às letrinhas a consolar a vida sem sentido sem elas?<br />
Andando pelas capristanas dos sonhos, o a,b,c,d vai chegando devagar e,<br />
devagarinho formando palalras que desenham o viver, ressuscitando a vida semi-morta <br />
de solidão.<br />
<br />
Renasço do vazio a segurar meus dedos, a derramar lágrimas sobre o papel em branco...<br />
<br />
Renasço do branco e caio devagarinho sobre o colorido das letras a formar palavras a secar lágrimas de<br />
dor.<br />
<br />
Volto a ser feliz. Diante de mim, o teclado me chama e,<br />
soletrando sílaba por sílaba, as palavras vão brotando passo a passo e caindo em lágrimas sobre o vestido vermelho.<br />
<br />
Alma se transformando em gotículas de felicidade a colorir de vida o corpo que andou perdido e bêbado de agonia.<br />
<br />
Agora retomo meu caminho: borboletas ao vento dançam a valsa da chegada.<br />
A chuva, doce gotejar de água cristalina, mata a sede dos casulos que libertam borboletas fúlgidas de alegria.<br />
<br />
Sou Feliz novamente!<br />
<br />
</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-72133588772110976882015-07-18T16:21:00.004-07:002015-07-18T16:21:48.402-07:00TOBOGÃ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Dez dias nas praias de Fortaleza, buscando nos grãos de areia, na luminosidade do sol, no azul do céu, nas expressões tranquilas das pessoas a se bronzearem sob o sol, a paz que preenchesse de vida a vida vazia que se projetava nas ondas do mar.<br />
<br />
Tudo em vão. Não se abandona o casulo na busca inconsequente da realidade.<br />
<br />
A felicidade está nas pequenas coisas da vida, no amor infinito aos filhos,<br />
nas atitudes do neto ao conquistar a vitória no vestibular, apesar de seus dezessete anos,<br />
nos brotos da samambaia que explodem a vida rompendo a força da terra,<br />
no abraço carinhoso do marido ao compreender as atitudes de uma menina, que na melhor idade<br />
escorrega no tobogã do sonho.<br />
<br />
Mais uma vez a vida brinca de faz de conta comigo e,<br />
nas marés do mar de Fortaleza, escapulo do caldo e aterrizo nas montanhas de Minas.<br />
<br />
<br />
Saculejo a areia que faz de mim um ser encapado de sonhos.<br />
<br />
Caio numa cachoeira de água doce a lavar minh'alma de conchas coloridas a se grudarem em mim<br />
<br />
<br />
A água doce me deixa leve.<br />
<br />
E no carinho aconchegante do lar, me encontro feliz.<br />
<br />
Felicidade real, a acobertar de uma realidade sadia.<br />
<br />
Acaricio os cabelos macios. Sou feliz ao escorregar pelo tobogã da alegria.<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-85440001250603648102015-04-22T19:18:00.002-07:002015-04-22T19:18:16.102-07:00SOLITUDE DA MANHÃ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
De mansinho saio da realidade que desenhei com ternura e me transformo numa pavoa bonita que se explode em cores e explode num tom colorido, multifacetado em alaridos multicores.<br />
<br />
Continuo livre. O soprar do vento e a doçura da cerveja saculejam a saia e me fazem cantarolar de alegria.<br />
<br />
<br />
O tempo sopra a meu favor...<br />
As surpresas da vida fofolecem a vida, que ,traiçoeira mostra um caminho equivocado contra a solidão.<br />
<br />
Mas a ternura da manhã desperta o engano sombrio e ilumina a cor da alegria...<br />
<br />
Tenho a felicidade saltitante, nem que seja por segundos alternados pela sombra da solidão!<br />
<br />
Saltito em direção ao brilho do sol, à luz das estrelas, à insensatez do desejo que não morreu.<br />
<br />
Estou aqui, vento bonito... Leva-me sem direção ao caminho sem marcas, sem passado, sem agonia!<br />
<br />
E num abraço frenético, me deslancho no afeto que me aguarda à insensatez do desejo que palpita em sete cores, o colorido do arco iris.<br />
<br />
Estou aqui meu ébano bonito e carregado de cores.<br />
<br />
Cores que colorem de vida o caminho da solidão.<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-38543502194413680142015-04-13T15:58:00.002-07:002015-04-13T15:58:28.005-07:00VAZIO A DOIS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Do, Ré, Mi, Fá, SOl, Ré Lá , Mi...<br />
<br />
Me faça entender porque tanto vazio na escala musical...<br />
<br />
Vazio cheirando a sabonete, a solidão a dois.<br />
<br />
Dois seres no mesmo espaço,um amor perdido na imensidão do ser...<br />
<br />
Estamos aqui! Sós.<br />
<br />
Solitude que se multiplica na escuridão da noite, na leveza estúpida da solidão!<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-46081542586215322332015-04-07T17:25:00.001-07:002015-04-07T17:25:27.369-07:00 DIAS AZUIS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
O coração vadio derrete-se de ternura.<br />
O passado brinca de esconde esconde com as surpresas que acalentam o coração.<br />
Surpresas antes desejadas concretizam-se na imensidão do ser.<br />
<br />
Nada de fantasias sonhadas no vazio das noites maldormidas.<br />
A realidade se configura com toda a beleza do jardim em flor que acalentou a solidão de quem acreditou na verdade que um dia chegaria no universo vivo de quem espera dias azuis.<br />
<br />
Dias azuis, longe de fantasias algozes a saculejarem de medo o coração bobo, mas esperto ao separar o joio do trigo.<br />
<br />
Joio a ser queimado na fogueira malsã de um breu esfumaçado de maledicências.<br />
<br />
Trigo a desabrochar no campo dourado, irradiado pela luminosidade iridescente da luz solar.<br />
<br />
Sonho meu,<br />
Estou aqui. </div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-14319261546521067172015-03-26T08:28:00.002-07:002015-03-26T08:28:24.571-07:00 LIBERTAÇÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Sinto a liberdade brincar com os meus cabelos e o vento desenha cores em meu sorrir.<br />
Tantos dias perdida, alvoroçada de medo,<br />
Medo que minha solitude fosse invadida.<br />
<br />
Não sei mais o que é dividir as asas com ninguém que tem o dom de me fazer infeliz.<br />
<br />
Viajo entre sonhos, cavalgo numa estrada colorida e o corpo esvoaçante brinca entre fantasias e<br />
perspectiva de liberdade,<br />
<br />
Meu Deus, como demorei a enxergar o mal que me traria os escombros do passado...<br />
<br />
Agora sinto o vento na pele que se arrepia de prazer.<br />
<br />
Prazer. viajor das campinas verdejantes sob as ancas de um cavalo.<br />
Cavalo marchador, que às vezes galopa por caminhos inusitados, pedregosos ou abençoados por estradas macias...<br />
O cabelo, voa solto como a alma, menina deslumbrada sob as ancas do cavalo que se perde na liberdade.<br />
Beijos molhados, abraços apertados na imensidão de espaços que abrigam dois seres vívidos pela paixão .<br />
Como é adocicado o mel a escorrer pela boca sedenta de toques, magia perfumada pelas flores silvestres a se dependurarem na garupa do cavalo que relincha de satisfação.<br />
<br />
E o seu trote deixa marcas encobertas pelo corpo amadurecido da mulher que se faz presente<br />
no galgar infinito da felicidade.<br />
<br />
E o medo, esse ignoto sentimento, se escorre para as patas do cavalo, quando é pisoteado pelo sentimento de liberdade...<br />
<br />
E o casal, salvo pela ignorancia do pensamento equivocado, galopa junto pela imensidão do ser, pelo levitar transgredido pelo pensamento saudável trazido pela sabedoria...<br />
<br />
Sapiens...tudo que a vida proporciona após a lavagem da alma, após a libertação definitiva do viver.<br />
<br />
Estou livre. Transgredi a ignorancia do sentimento de posse a maltratar minha pele, a puxar os cabelos amortecendo o cérebro do seu pensar.<br />
<br />
E galgo a passos lentos nos braços do homem que me faz feliz...<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-73840807654185307352015-03-23T17:20:00.000-07:002015-03-23T17:20:02.785-07:00 VIAGEM<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Fiz um pouco de tudo hoje: andei pela casa, observei a chuva caindo forte e de mansinho,<br />
Conversei com pretensos amigos e amigos de verdade,<br />
Pensei muito nas atitudes que pretendo tomar<br />
e caí de quatro em minha cama que aguardava meu tropeço.<br />
<br />
Ouvi músicas. E partituras de Dó preencheram o vazio da casa,<br />
Nada foi em vão.<br />
A televisão estava em silencio.<br />
<br />
Abri uma cerveja que pediu outra e mais outra para que eu não sucumbisse.<br />
<br />
Estou de pé.O som continua a jorrar melodias pela casa, impregnando as paredes de notas musicais<br />
que preenchem de harmonia, a vida temporariamente vazia.<br />
<br />
Busco em mim o efeito do som, remédio homeopático para as dores invisíveis que apertam o coração.<br />
E nessa busca, compreendo a pequenez da minha alma.<br />
<br />
Alminha pequenininha, essa coitadinha que se enche de ilusões que nem um deus maior pode tolerar.<br />
<br />
Ah! cresce, minh'alma e acredita em seu passado remoto, esse bicho feroz que atormenta seu viver.<br />
<br />
Abra a janela gotejada dos pingos da chuva e voa...<br />
Voa livre pela negritude do céu, chacoalhado de estrelas...<br />
Estrelas cujas luzes alumiam as alminhas que fogem da escuridão proposta pela humanidade.<br />
<br />
<br />
<br />
</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-83186810967997057342015-03-21T17:54:00.000-07:002015-03-21T17:54:00.315-07:00SOLIDÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
Senti saudades de uma casa onde morei ,cujas janelas ficavam todas abertas.<br />
A solidão era dosada por pessoas que faziam parte da minha vida,<br />
E as janelas escancaravam o mundo além dos meus olhos.<br />
<br />
<br />
Olhos que buscavam o mundo: pela frente, a rua: pelos fundos o quintal que amei.<br />
<br />
Pelos fundos via a lua e milhares de flores que povoavam a vida que vivi.<br />
Nada é eterno, muito menos as relações humanas.<br />
<br />
<br />
Hoje estou aqui. Quis conversar. Mas todas as pessoas estão ocupadas digladiando com as teclas do computador.<br />
<br />
Perguntas e respostas não tem o espelho translúcido do olhar para refletir a transparência da íris.<br />
<br />
Mistério da sexta à noite.<br />
<br />
Que pessoas povoam o planeta? Cada uma em volta do seu próprio umbigo, sem ter o prazer de uma tertúlia?<br />
<br />
Tertúlia... palavra desconhecida por milhares de pessoas que não sabem o significado de uma ciranda, de uma roda de amigos ,do bel prazer de uma boa prosa em volta de uma mesa.<br />
<br />
Cada um se procura em si mesmo e como Narciso responde suas próprias perguntas, faz doer até sangrar o próprio coração e,<br />
<br />
pra dormir se chacoalha com um rivotril que se desenrosca pela garganta até alcançar o caminho da solidão.<br />
<br />
Solidão que usa e abusa da maciez do ser humano.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-35122532114814640552015-03-14T14:06:00.001-07:002015-03-14T14:06:27.538-07:00 MISTÉRIO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Não compreendo o mistério da poesia na alma,<br />
Muito menos a maneira que ela nasce de suas entranhas.<br />
<br />
Sem dor, sem lágrimas, mas com uma entrega inexorável, perfeita.<br />
<br />
<br />
É um parto macio, doce, escorregadio como o entregar ao amor, como o saborear da manga que escorre seu caldo cotovelo abaixo...<br />
<br />
Ah! o sabor desse mistério extravasa qualquer sentimento de vazio ou preenchimento da alma.<br />
<br />
Alma, essa menina insubordinada que se lambe com o caldo da manga e se faz menina no marulhar do rio que a abriga!<br />
<br />
Não só o rio...<br />
<br />
Pássaros alimentados pelas frutas corriqueiras ao seu voo iluminado em direção ao azul.<br />
<br />
Azul anil, canto embriagado pela lucidez da beleza da liberdade.<br />
<br />
Azul magnânimo que se reflete nas águas perdidas do rio,sucumbidas pela imensidão do céu, que se faz pequeno no vale verdejante que desabrocha em orquídeas...<br />
<br />
Mistério que se faz nuvem e se desfaz como algodão doce.<br />
<br />
E a poesia jorra letras a formar palavras vadias na imensidão do ser! </div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-35869416659366845272015-03-14T13:04:00.001-07:002015-03-14T13:04:44.724-07:00POESIAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Como definir o dia da poesia se as palavras brincam com a vida a cada despetalar de flores?<br />
Poesia se faz presente a cada momento da explosão de sentimentos,<br />
seja ela ferina ou doce do perfume das flores,<br />
do gorjear de pássaros que se fazem naturais diante um mamão maduro.<br />
<br />
São como gatos que miam céleres diante da magnitude de casas e jardins que os acolhem.<br />
<br />
A poesia se faz presente a cada segundo do viver, seja ele adolescente ou adulto,<br />
seja diante do navio negreiro, seja ele diante do mar, seja ele diante da cerveja degustada entre<br />
quatro paredes.<br />
<br />
A poesia se faz presente diante da mulher atrevida que escapole do ventre da mãe e brinca<br />
de amarelinha pela calçada da rua pedregosa que se faz de madrinha...<br />
<br />
Não há madrinha, muito menos dia da poesia.As palavras se desenrolam como se fora o destarrachar das chaves de uma porta.<br />
<br />
Porta que se faz menina fazendo pirraça e sendo desenroscada pela mão infantil que insiste em ser livre.<br />
<br />
<br />
Livre é o vento que assobia permitindo que as almas de todos os poetas, vivos ou natimortos,<br />
ressurjam na vastidão de jardins cobertos de borboletas...<br />
<br />
E o borboletário cheio de larvas permite o esvoaçar de palavras que se transformam em poesias!<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-17957711307726308532015-03-07T05:39:00.001-08:002015-03-07T05:39:06.639-08:00 DECISÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Tive noites pavorosas, com o objetivo de ressuscitar o passado.<br />
É verdade... passado já morto, mas insistente em renascer como fênix.<br />
Mil motivos pululavam no consciente, querendo invadir a vida presente, como picadas de gafanhoto.<br />
<br />
Pesadelos me levaram a um tempo morto.<br />
Só o presente me interessa.<br />
<br />
Acordo mansinho, dou risadas, e me pego cantando...<br />
Maria Bethânia sopra aos meus ouvidos lances do presente, que esteve machucado pela dor.<br />
<br />
Mas o canto insiste em provocar risadas na leveza da alma decidida.<br />
<br />
Não cairei no mesmo abismo. Conheço a subida e os arranhões agressivos da vida.<br />
<br />
Sou livre.</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-21917884239218940032015-02-27T13:50:00.002-08:002015-02-27T13:50:48.787-08:00 RENDA DE BILROS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
A vida, essa menina insubordinada, brinca comigo através do vai e vem dos pensamentos.<br />
Como é levada a fazer de mim novamente uma garota, ou quem sabe, uma mulher livre!<br />
<br />
Pensamentos recuam pelo tempo e se encontram com fios de memórias a traçarem bordados de<br />
renda de bilros.<br />
<br />
Pontos entrelaçam na agulha e tecem novamente atos de amor nos encontros marcados na surdina da aventura...<br />
<br />
Quero seus braços a me enlaçarem no calor da tarde,<br />
Na magia do chopp a deslizar pela garganta molhada de desejo.<br />
<br />
Sou livre ainda...<br />
Porque não te encontrar?<br />
<br />
Por que não nos enroscarmos num abraço de desejo e ternura?<br />
A paixão grita enlouquecida e a recíproca é verdadeira.<br />
<br />
Não importam compromissos acordados no silencio da noite.<br />
<br />
O que grita no sabor da solidão é a vontade transloucada de estar com você outra vez,<br />
minutos deliciosos de prazer, no encontro vadio, passional e travesso ao cair da tarde.<br />
<br />
Belle de jour... Estou aqui!<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-44702551781243233442015-02-25T01:14:00.001-08:002015-02-25T01:14:34.736-08:00 ROTINA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Terminou o horário de verão. Ainda não me acostumei.<br />
Continuo me deitando muito cedo e me acordando muito cedo também.<br />
<br />
As palavras brincam de esconde esconde no cérebro, enrolando e desenrolando um novelo de linhas, bem fininhas, que se transformam em frases entre as paredes da casa.<br />
<br />
Coo café, saboreio o primeiro gole, tomo banho e aguardo os movimentos da vida que se fazem presentes pelas janelas entreabertas.<br />
<br />
Aqui dentro tem vida. E como tem... Vida a brotar por todos os poros, gritando pra sobreviver.<br />
Acorda, criatura! Uma praça bem traçada e arquitetada para satisfazer seus desejos aguarda por você.<br />
<br />
Não espere pela companhia. Ela virá. Enquanto isso, saia pelas ruas.<br />
Caminhe lentamente observando as estrelas que se recolhem a dormir e atente-se aos raios de sol que<br />
iluminam o viver.<br />
<br />
A vida, mais uma vez brota estonteante, rodopiando de mãos dadas com as luzes brilhantes do sol.<br />
<br />
Permita que a alegria, sua âncora sedutora, desnorteie a irritabilidade que por acaso insistir em acompanhar seus passos.<br />
<br />
Saia da rotina. Erga os olhos e siga em frente<br />
.Deixe os cabelos, agora longos, secarem ao movimento suave do vento.<br />
<br />
Vento, ento... Dispa-me dos gestos corriqueiros que pesam a alma em eterno movimento.<br />
Abra suas asas sobre o peito que explode , respira e aspira a leveza transcendente da natureza.<br />
<br />
Caminhe. Ande docemente pelas avenidas abarrotadas de saudades por você.<br />
Exale felicidade pelos poros entreabertos de prazer.<br />
<br />
Vida se faz vida num carrossel de sentimentos que se desenrolam do carretel de ternura.<br />
<br />
Ternure-se...<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-81591300271492817442015-02-24T15:31:00.001-08:002015-02-24T15:31:06.148-08:00 VIDA MENINA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Vejo diante de mim uma tela em branco e o teclado prenuncia que palavras serão formadas ,<br />
delineando às vezes, frases desconexas...<br />
<br />
Não é mal sinal. Pelo contrário: aviso inexorável de que estou viva, voando como uma borboleta entre flores da memória.<br />
<br />
Sinto que a vida recomeça. Não de onde parou, mas depois de um hiato profundo, desenhado por um traçado octogonal onde possibilidades se esvaíram a cada esquina sonhada pela moça teimosa em esperar.<br />
<br />
Claro que esperei... "um anjo torto" me disse que tudo se ajeitaria no voltear da vida!<br />
<br />
E a vida se fez menina.<br />
<br />
Menina levada e reticente em acreditar no possível, no imaginado, na ternura que se esvaiu entre dedos.<br />
<br />
Ternura reencontrada no presente. Ternura peneirada entre dores e sorrisos.<br />
<br />
Ternura regada de afeto pela sapiência de filhos gerados nas cálidas noites de lua nova, crescente e cheia.<br />
Na lua minguante, minguaram-se as feridas que um dia, sangraram os corações.<br />
<br />
Hoje, chuvas de estrelas percorrem o caminho preenchido pelo sabor do reencontro.<br />
<br />
Ah! reencontro aguardado pela ternura que salpica de esperança o abraço que se forma no desenho de um coração.<br />
<br />
Realmente, sou deliciosamente desconexa...<br />
<br />
Ao contrário do previsto, reticências... Vida menina a saborear chocolate nas noites de verão.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-27214989375869804632015-02-24T10:40:00.000-08:002015-02-24T10:40:01.211-08:00 NOVA CASA VELHA.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Andei por caminhos conhecidos pela memória infantil.<br />
Pelas ruas procurei infância e juventude mal mal vividas e contadas pela história.<br />
Ladrilhos hidráulicos não refletiram sinais buscados no meu pátio de brincar.<br />
<br />
<br />
Meu rio agora marejava longe suas lágrimas de perda das águas marulhantes, que antes registrara sua vida.<br />
<br />
As flores fizeram minha alegria. Ah! flores coloridas perfumaram a vida e a solidão que como sombra,<br />
vagavam comigo pela noite escura.<br />
<br />
Fui acordada pelo canto do galo, que insistia em alto e bom tom a realidade que afligia, amortecida<br />
pelo gole da cerveja, fria, gelada, ao descer pela garganta num sacudir das cordas vocais que berravam os sons agoniados de uma busca inútil do que não vivi.<br />
<br />
O que não vivi perdeu-se rio abaixo e o que me aguardara foram passos perdidos na escuridão da noite.<br />
<br />
Tudo em vão.<br />
<br />
Acolhida, volto ao colo da mãe adotiva, fragilizada pela busca inútil traduzida em solidão.<br />
<br />
Não busco mais verdades absorvidas pela escuridão da noite, pela dor depressiva a me jogar pirambeira abaixo.<br />
<br />
Me ergo devagar. Já me encontro de quatro.<br />
<br />
Quatro passos, quatro vozes, quatro comprimidos a me salvarem do ato de me sucumbir.<br />
Quatro mãos a apoiarem as costas, evitando um tombo maior.<br />
<br />
Oito mãos a segurar minhas dores, a permitirem novo fôlego profundo,<br />
<br />
Oito mãos a me aconchegarem no colo macio da certeza do amor suave como um chumaço de algodão.<br />
<br />
E a vida se faz vida na "nova casa velha".</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-82851649536930990652014-11-19T18:08:00.002-08:002014-11-19T18:08:35.382-08:00 ESPERANÇA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Hoje saí com meu homem menino...<br />
Andamos pelas ruas da cidade e ele registrou tudo em fotos.<br />
<br />
Alegria ao atravessar a ponte e ver meu rio se tornar perene!<br />
<br />
Fomos a um bar.<br />
<br />
Conversamos muito. E extravasamos nossas dificuldades:<br />
Maria!<br />
Maria Cecília que será nossa, filha do nosso encontro, da nossa paz.<br />
<br />
Doce criança que virá habitar nosso lar, nossa casa, nosso ninho.<br />
<br />
E de doçuras em doçuras , perduram as lutas contra preconceitos e pontuações maldosas.<br />
<br />
E a sua música toca... nossa musica e eu só queria enxergar,<br />
Me enxergar como mulher,<br />
capaz de amar,<br />
amar sempre.<br />
O amor é perene. Sua idade é perene<br />
E acredito no hoje, no agora...<br />
E danço com você, meu amor!<br />
<br />
Rodopiamos em valsa sentimento que serão eternos enquanto durem.<br />
Enquanto isso, somos felizes.<br />
E como...<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-80338906178206423852014-11-18T04:32:00.002-08:002014-11-18T04:32:59.679-08:00 AGONIA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
O coração está insatisfeito.<br />
A ternura que distribuo não chega aos pés da que recebo.<br />
Tenho medo: medo grande, medo enorme, medo cruel.<br />
<br />
<br />
Não sei o que é pior: ficar sozinha ou ter alguém que se importa somente com sua vida.<br />
<br />
Mas ele tem razão: a transição da fase adolescência para a fase adulta traz sequelas doloridas<br />
E eu não sei o que estou fazendo aqui.<br />
<br />
Tenho amor a derramar de eternidade e recebo migalhas miúdas , que se traduzem numa jarra de flores na mesa preparada para o Natal.<br />
<br />
<br />
Que Menino Jesus, doce menino a acudir a vida que vivo me ajude a escolher o melhor:<br />
Solidão ou sofrimento: Sofrimento ou grito de liberdade....<br />
Liberdade ainda que de tardinha!</div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-77500462412991235902014-10-21T22:24:00.001-07:002014-10-21T22:24:04.248-07:00 DILEMA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
A surpresa faz de mim uma mulher assustada diante da vida.<br />
Não sei se posso sentir mazelas passadas ou me acordar para a vida a ser vivida.<br />
<br />
As mazelas eu já as conheço, mas oferecem-me um copo vazio para ser completado pela família.<br />
A vida vivida no hoje me dá de bandeja uma aventura deslizada por montanha russa, daquelas bem<br />
perigosas, emocionantes,<br />
<br />
Dúvidas corroem a alma a buscar no novo o direito à vida, a emoções a gelarem o peito de ternura e<br />
medo.<br />
<br />
O passado se desfaz em partículas, no sentido de se formar um novo viver.<br />
Viajo pelas fitas de cinema onde a cena se repete: escolhas perigosas e avalanches de negação do novo.<br />
<br />
Um exemplo delineia-se à minha frente: Chiquinha Gonzaga e seu amor menino...<br />
Será se terei um? será se brincar de viver vai trazer ao meu peito o direito de me arrepiar mais uma vez?<br />
<br />
Ou as partículas do passado formarão outros sentimentos em torno de uma mesa, onde a família se reunirá?<br />
<br />
Não sei.<br />
<br />
Mas a escolha grita pelos sete pontos do meu corpo e a calmaria sentida na madrugada faz com que eu me desequilibre na montanha russa e desça efusivamente com cabelos ao vento.<br />
E ao meu lado, o amor menino sedento, a se deliciar com a segurança da maturidade.<br />
<br />
Entre dois amores, digladia o meu coração: um amor desafiador a me carregar por montanhas de ternura extravagantes;<br />
<br />
Outro amor quase morno a pedir de mim a maciez dos cabelos brancos escondidos pelas cores disfarçadas do bicolor.<br />
<br />
Isto ou aquilo: Eis a questão a machucar o coração bobo de esperança.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Júlia Carolina da Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16476079751711939991noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1253826836963305835.post-412415515439270082014-10-17T19:12:00.000-07:002014-10-17T19:12:32.737-07:00 QUESTIONAMENTOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
O coração sente-se despido diante tantas perguntas:<br />
Você sabe o que faz?<br />
É certo acolher, de corpo e alma alguém que sangra e derrama seu sangue numa vertente de dor?<br />
<br />
É imprudente acolher um ser, que de menino tem a alma e a doçura do "fubá suado"?<br />
É desmazelo com você acreditar nos olhos de um menino que se faz gigante?<br />
<br />
Não sei dizer onde errei, nem o risco a correr numa madrugada quente, gelada por<br />
palavras doídas e do vento do ventilador presente.<br />
<br />
sei que minh'alma acolhe sem medo o garoto sofrido e vivido pela dor que o alucina.<br />
<br />
<br />
Alucinação embriagada pela cerveja que desce descuidada pela rua,<br />
pelo azul do céu, colorido da primavera a salpicar de cores o coração ferido.<br />
<br />
<br />
<br />
Para Rodrigo, pai da Maria.<br />
<br />
<br /></div>
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