segunda-feira, 30 de julho de 2012

IARA VEGA LINHARES

Não existe acaso... Viajando pelo facebook, encontro Iara a respeito de um gosto comum: FARMÁCIAS! E nosso diálogo começa. Descubro a doçura da pessoa e a relação que ela tem com nosso Borba querido... Ela é borbagatense de raiz! Filha do exílio, andou por vários países até se firmar na Suíça. Duas filhas, cada uma de um país e o marido também, meio cigano, atração múltipla de dois seres viajantes pelo mundo... Nos conhecemos, Iara e eu, falando em farmácia, nossas origens! Nosso olfato ainda guarda o cheiro das farmácias, onde foram plantadas nossas memórias. Mesmo que ela não tenha brincado pelos corredores da farmácia do seu avô, reconhece em cada botica as histórias do seu pai e do seu avô! Tenho uma memória diferente: fui criada num caixote que armazenavam medicamentos: era meu "chiqueirinho"! E neste contexto, conheci Iara Linhares, que agora faz parte do nosso mundo. Repetindo suas palavras: "vim pra ficar". E os "amigos do Borba" ganharam mais uma cúmplice, mais uma batalhadora do nosso sonho. Seja bem vinda, Iara! E que os deuses do acaso continuem a aproximar você de todos os Ferreiros que construíram o chão a ser pisado por você. Que suas raízes e amigos a acolham com o coração aberto e suas filhas possam aproveitar das alegrias proporcionadas pelo Borba! Que a família esteja de mãos dadas ao pisarem o chão que te gerou em espírito!

sábado, 28 de julho de 2012

FILHOS AMADOS

Somos um casal feliz. Do nosso amor, planejados um a um, três filhos vieram completar nossas vidas. Crianças saudáveis, tiveram de tudo a alegrar suas vidas, principalmente muito amor. Bicicletas, colos dos pais, passeios a perder de vista, papai noel a fazer alegria, Castelos de areia nas areias brancas de praias capixabas, aniversários com bolos feitos pela mãe e D. Dina, amor de tios, amor de avós, cumplicidade de primos que perduram até hoje... E em suas sombras, dois seres que os amam sobre qualquer coisa, incondicionalmente: Júlia Carolina e Roberto, seus pais... Mais um querido preenche este caso de amor: Mateus! Prolongamento desta história linda, a encher nossa vida de alegria! Que Deus continue abençoando nossa família e preenchendo de luz esta história que se prolonga no espaço da vida... Amamos vocês, nossas eternas crianças... Na alegria e tristeza estaremos todos juntos... Amamos vocês! Roberto Afonseca e Júlia Carolina

terça-feira, 17 de julho de 2012

DOR POR UM AMOR

< O coração sangra e o maxilar se aperta... lágrimas escorrem em cachoeiras que tentam lavar a alma, mas não conseguem. Dor, dor, vontade de estar junto, de acariciar o rosto, o peito, e abraçá-lo para mim. Mas os homens não deixam. Impedem-me de chegar ao lado de quem amo, ao lado de quem ajudou a transformação da menina em mulher. Resta-me rezar, pedir aos anjos e santos que intercedam junto a Deus pelo meu amor. E que amoleçam os corações das pessoas, que me deixem chegar perto do sonho do qual não quero acordar! Enquanto isso, resguardo a dor em preces e aguardo minha vez de me aproximar. De ter reconhecida uma história de uma vida, uma eternidade... Para Roberto Afonseca, luz de meus olhos...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

FILHA DO VENTO

Sou filha do vento. Vento que balança palhas do coqueiro, ondeia ondas do mar. Vento que fortalece a alma menina de uma mulher. Mulher menina que se encanta com doçuras, músicas suaves, balanceio do marrrrrrrrr Mar salgado, adocicado pela lágrima azul, pelo êxtase admirado da mulher menina... Menina... Quando serás mulher? Amanhã, ou depois de amanhã, quando a noite se fizer dia, quando a esperança, vestida de menina, soprar de verde o vento da manhã. Mulher nascerá do ventre da incerteza,e sobreviverá da sobrevida do vento, vento, ento, que balança ondas do mar...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

CASA VELHA DO SENHOR LUIZ VIEIRA- BORBA GATO

A casa "velha" que pertenceu ao senhor Luiz Vieira, ao ser demolida em 1990, levou consigo grande parte das memórias de vidas, entranhadas em suas paredes. Histórias construídas a partir de um casamento: uma linda normalista e um comerciante que, além de vender "secos e molhados", fazer política que protegia o Distrito do Borba, guardava segredos inusitados dos moradores, dizendo sim a todos eles. Ouvia os casos do meu avô José Gomes da Silveira, farmacêutico solitário, mas cheio de sonhos e profissionalismo. A casa, antes nova,abrigou uma família grande, à medida que crescia! Parteira entrava e saía para dar a luz aos novos que chegavam... E a cada novo que chegava, as paredes secretamente, guardavam histórias, memórias, lágrimas e sorrisos de seus moradores, vizinhos e netos que chegavam aos poucos... Luiz Vieira, muito cuidadoso, registrava quase tudo em sua "holleyflex". Não importa como escrevi... Mas em sua "moderníssima" máquina, registrava sorrisos, cavalos arriados, fornadas de biscoitos, queima do Judas, festa de São Sebastião, filhos e depois netos que nasciam, enfim, parte da história do Borba foi guardada em detrimento às ações do senhor Luiz Vieira. Chego a sentir o caldo das laranjas campista, a escorrer por meu lábios... Imagino os corações de verdadeiros borbagatenses diante dos registros fotográficos deixados por ele... E a sua esposa, mãe de seus filhos, cuidava dos filhos, da casa, e velas votivas registravam nas paredes da casa velha, os pedidos de uma mãe cuidadosa... A casa foi demolida. Não era comum preservar o patrimônio cultural. A casa nova carrega as memórias que entram e saem pela cancela, durante a madrugada... Não duvido que cochichos aconteçam durante a noite... Senhor Luiz Vieira e seus amigos cantam "CHUÁ CHUÁ" pelas ruelas do Borba e dão uma paradinha para um cafezinho com D. Geralda e Roberto Glória... Não é que chega a Zepha, espevitada, comentando uma peça de teatro? Zé Gomes que o diga...

domingo, 8 de julho de 2012

DOCE VIDA

Amanhece. Como é divertida a passagem pela vida... Um dia, amargura, desesperança, coração fechado a quase tudo, parede de concreto a esbarrar em desejos, vontades consideradas vãs, portas que se fecham ao chamado,negação a sentimentos, ironias vazias á vida que é sua! Pluft.. outro dia gargalhadas, risadas ao vento, abraços abraçados na solitude, sorrisos a um Cabernet,que se deixa escorrer em gotas, pelo riso matreiro da família constituída. Não estão todos: fisicamente. Mas ao correr os olhos pela casa, estão todos, alegres, silenciosos, gargalhantes, felizes. A desesperança deu licença ao sonho: Não! sonho sonhado se vai à luz da madrugada... A felicidade do abraço no real acorda a palidez da mulher que se maquia de alegria. E a vida pede passagem ao coração da galega que sorri o sonho sonhado na calidez da noite. As pessoas se vão. Doçuras permeiam as paredes, iluminando de vida o que pode vir a ser. Vela votiva irradia a luz aos quatro cantos da casa. Filhos e amigos se vão. A mulher, espalhada pelo sofá, relembra a cada momento vivido, numa transposição de felicidade. Reza: Senhora das Graças... agraciai com suas bençãos esta família gerada com tanto amor! Que todos se esbanjem de realizações, beijos, abraços e desejos de união. E para mim, Senhora, permita viver o desejo que pertence à realidade... Realidade que se transforma em força a derrubar paredes que afogam sonhos. Assim seja, Maria das Graças...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ATRIBULAÇÕES

Ando assim, vazia de esperanças... Nada sacoleja meu peito de novos momentos, novas palavras de vida, de amor... Tudo são sombras de acontecimentos que já plugaram minha vida um dia! Ando desvairada entre fantasias e mentiras matreiras de alguém que brincou com sentimentos vadios, a confabularem esperanças, a esperar ipês a florir. Girassóis de mentira, acumulam poeira ante um sonho de uma corrida pelos campos de flores reais. Não é necessário perfume... A beleza do campo amarelo esconde lágrimas que borrifam de água sagrada os girassóis que enfeitam um coração triste. Não rejeito ao amor. Apenas não sinto mais o tremor das pernas diante brilhos de olhares que não existem mais. Terei novo ninho onde possa retornar ao meu sonho de Babette! E a delícia de alimentos sagrados, trarão de novo a calmaria para a minha vida. Não mais terremotos, maremotos de alma: isto vai passar. Sou só no universo da humanidade. E devagarinho, plantarei gerânios imaginários nas janelas de uma casa que não existe. De flor em flor despetalo atribulações que sangram o coração. Tudo em nada: menos a dor da solidão!