domingo, 8 de julho de 2012
DOCE VIDA
Amanhece. Como é divertida a passagem pela vida...
Um dia, amargura, desesperança, coração fechado a quase tudo, parede de concreto
a esbarrar em desejos, vontades consideradas vãs, portas que se fecham ao
chamado,negação a sentimentos, ironias vazias
á vida que é sua!
Pluft.. outro dia gargalhadas, risadas ao vento, abraços abraçados na solitude,
sorrisos a um Cabernet,que se deixa escorrer em gotas, pelo riso matreiro da
família constituída.
Não estão todos: fisicamente. Mas ao correr os olhos pela casa, estão todos, alegres,
silenciosos, gargalhantes, felizes.
A desesperança deu licença ao sonho: Não!
sonho sonhado se vai à luz da madrugada...
A felicidade do abraço no real acorda a palidez da mulher que se maquia de alegria.
E a vida pede passagem ao coração da galega que sorri o sonho sonhado na calidez
da noite.
As pessoas se vão. Doçuras permeiam as paredes, iluminando de vida o que pode vir a
ser.
Vela votiva irradia a luz aos quatro cantos da casa.
Filhos e amigos se vão.
A mulher, espalhada pelo sofá, relembra a cada momento vivido, numa transposição de
felicidade. Reza:
Senhora das Graças... agraciai com suas bençãos esta família gerada com tanto amor!
Que todos se esbanjem de realizações, beijos, abraços e desejos de união.
E para mim, Senhora, permita viver o desejo que pertence à realidade...
Realidade que se transforma em força a derrubar paredes que afogam sonhos.
Assim seja, Maria das Graças...
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