quarta-feira, 13 de junho de 2012
DEVANEIOS
Troco medicamentos pela cerveja.
Não tenho máquina de datilografia no colo,
Nem sou Clarice...
Pretensiosa eu sou...
Jogo fora meus anseios, medos, incertezas e sofrer doído...
Troco por deliciosa...
Deliciosa vida que me aguarda a cada momento, a cada curvatura da natureza.
Mulher é assim: volta e meia volteia para o nada e depois volta...
Volta radiante, pronta para novo viravoltear que transcende a alegria.
Ser livre, leve, solta, pelos caminhos que levam ao baruchear...
Bendita lucidez trazida pelos goles de cerveja, numa noite cintilante.
Cintileante, diria Rosa,ao baforar seu charuto...
Barucheante eu digo a cada som musical que permeia o coração.
Benditos devaneios que ressuscitam a alma penada,
a transformar-se em crisálida...
E a vida recomeça a devanear!
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