segunda-feira, 4 de junho de 2012

BORBA GATO BATALHA POR OUTRA ESCOLA

Uma Escola Nova surge no Borba. Mais uma vez, ações iniciadas pela professora Josepha Maria Magalhães. Com a derrocada das "Escolas Reunidas", os alunos se espalharam pelas casas de pessoas conscientes da necessidade de atendimento às crianças. As turmas foram desmembradas por mais de dois anos e o governo, nada... As pessoas reclamavam do "inferno" em que se transformaram suas casas e as professoras lutavam, junto à comunidade pra que o ensino não fosse para o "escambau"... Até que a Diretora licenciou-se para ganhar bebê: D. Anita, se afasta para ganhar sua linda Jacqueline... Segundo Josepha, a Inspetora pergunta uma a uma das professoras, se habilitariam a substituir D. Anita... Nada... todas elas diziam um convicto NÃO! Quem seria a "maluquinha" para encarar turmas espalhadas pelas casas, louças quebradas,bolas empoeirando tudo,um escarcéu? Mas uma delas, com "cabelo nas ventas", topou a parada... e foi logo agindo em favor dos moradores, professoras e alunos, que se divertiam, mas sonhavam com uma escola de verdade... Zepha toma as primeiras medidas: tirar os alunos da porta de D. Teté e levá-los a brincar na grama, em frente à casa de "Sia" Joana. Aproveitando os agradecimentos, disse: - Se vocês me ajudarem, a nova escola sai rapidinho... Através do Senhor Antonio Madureira, pôs a correr um abaixo assinado, com um cabeçalho bem argumentado, dirigido ao Dr. José Maria Alkimim, Secretário de Educação de Minas Gerais. O abaixo- assinado correu por todas as direções do Borba, através de borbagatenses comprometidos com o Distrito: Calados, Alegre, Córrego do Monjolo e todas as regiões do Distrito foram visitadas. Pronto o documento, quem o encaminharia ao destinatário? Os políticos da época tinham mais o que fazer... Afinal, para que se preocupar com as crianças "dos Ferreiros"? Mas alguém se prontificou a ajudar: PADRE JOSÉ CASSIMIRO, nosso saudoso vigário de Ferros... Esteve especialmente em Belo Horizonte para a entrega do documento: "choro largado" da professora Zepha, que deslizou o verbo diante tanta precariedade. A nova escola foi levantada... "Num pulim"... Mas nossa querida Zepha não usufruiu da Escola Nova. Foi continuar sua luta em João Monlevade. Mas deixou registrada para sempre sua história na vida do Borbagatense. Não há aluno que não conhece sua luta. E tenho a certeza que deixou sua marca em outras escolas por onde passou. SALVE ZEPHA!

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