Madrugada.
Sons de música erudita invadem baixinho os quatro cantos da casa.
Solidão.
Abro a janela e ouço também o canto do galo a embalar sonhos.
Só.
Sozinha, degusto um café morno de saudades,
saudades de um tempo que vivi e voltarei a viver,
não importa o linguajar venenoso de pessoas vãs.
Aguardo o amanhecer.
As estrelas que ainda restam darão lugar ao canto dos pássaros e ao perfume de flores.
E desassossegada com a espera, darei lugar à rotina da vida,
que passa distraída.
Não tenho pressa pra nada. É possível outra soneca,
antes que o dia se faça tarde...
Hoje é domingo e a pressa caminha longe de mim.
E o relógio anda lento, a acompanhar sonhos de uma mulher madura
que se faz criança...
Nenhum comentário:
Postar um comentário