sexta-feira, 31 de maio de 2013

Coração desfolhado

Estou me sentindo vazia, com a cabeça oca, com a ternura a divagar pela sombra da noite.
Nada tem sentido: nem o breu, nem a luz do sol...
Queria me sentir livre, com o coração a pular de amor, de ternura.
Mas nada é assim! Minha vida está em ruinas, e a cada dia cai um pedaço de meu corpo.
Não sei porque. Talvez seja culpa da solidão, que insiste em fazer de mim uma coisa despedaçada.
Quero viver.
Quero responder com alegria a esse sentimento que me mata aos poucos.
Quero responder com sorrisos a essa tristeza que perfura meu coração.
Quero, quero, quero ser livre pra gargalhar e dar lugar à alma pura.
Que o sol vermelho me traga cores  e um amor deslumbrante...
É querer demais?
Não!
A lua cheia me aguarda e vejo seu reflexo nas águas do rio.
Rio Santo Antonio que me deslumbra de alegria.
Paradoxo: tristeza e alegria brincam de vai e vem em meu coração.
Mas tem jeito: Meu coração fará as malas e pisará nas águas geladas do Santo Antonio.
Para sempre, as montanhas acompanharão meu viver...

 

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