Minha cabeça torce e retorce a respeito da escolha que fiz em ser mãe.
Cada uma de minhas três gestações são revividas , vividas no coração, Quanto encanto eu vivi enquanto gerava meus filhos, um a um, cada um deles com suas características especiais.
Como foi sublime cada espera, noites de diálogos com cada um deles, numa entrega total e absoluta.
Meu ventre era acariciado por nove meses, enquanto esperei o momento de receber cada um deles em meu colo.
Nasceram, claro, cada um em seu momento. Minha retina registrou a ferro e fogo cada gesto, cada movimento, cada palavra dita, cada resposta de cada um ao meu colo de paixão. Maravida!
O tempo passou. Num piscar de olhos, minhas crianças, hoje são três homens adultos, sadios, inteligentes,
maravilhosos.
Um deles já deu fruto: Mateus- dom de Deus- alegria da minha vida, adrenalina necessária para que eu consiga superar as pauladas da vida.
Que pena! Os filhos, ao crescer, esquecem de um passado maravilhoso, dos passeios pelos parques, a disputa do lugar no carro, da doação incondicional do amor de mãe.
Adultos, são cruéis.
Veem em mim uma mulher ultrapassada, mulher metida a cocota...
Coitados! Ainda não aprenderam que somos eternos e que nossa alma grita por energia, grita pela vida!
E, em seu desconhecimento, agridem com palavras ferinas, sangrando o coração.
Estou num desses momentos: o coração sangra e, por mais que interrogue, não consigo entender o quanto errei.
Caminho pela minha estrada. As perguntas não tem resposta. Não sei definir meus erros, pois sou humana,
carne, fibras de um coração mal compreendido.
Apesar das dores, valeram cada segundo em que estive com eles.
Hoje, a história tende a se reverter... Sou criança vista pelos meus filhos.
Criança levada, traquina, que não corresponde às lições proferidas pelos filhos.
Trôpega, caminho.
Não soube ser filha, não aprendi a ser mãe. Meu amor que fatiou em três o meu coração desassossega na solidão.
Só! Muito só!
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