Andei perdida, sem serventia, ao me desvincular das palavras que me levam ao céu.
Muitas tentativas para encontrar minha alma, que vagava pelas ruas do meu lugar...
Enfim, me encontrei através de um amigo. As sílabas ainda gaguejam ao formar palavras.
Volto á rede e pergunto ao coração: _ que houve comigo?
Como retomar às letrinhas a consolar a vida sem sentido sem elas?
Andando pelas capristanas dos sonhos, o a,b,c,d vai chegando devagar e,
devagarinho formando palalras que desenham o viver, ressuscitando a vida semi-morta
de solidão.
Renasço do vazio a segurar meus dedos, a derramar lágrimas sobre o papel em branco...
Renasço do branco e caio devagarinho sobre o colorido das letras a formar palavras a secar lágrimas de
dor.
Volto a ser feliz. Diante de mim, o teclado me chama e,
soletrando sílaba por sílaba, as palavras vão brotando passo a passo e caindo em lágrimas sobre o vestido vermelho.
Alma se transformando em gotículas de felicidade a colorir de vida o corpo que andou perdido e bêbado de agonia.
Agora retomo meu caminho: borboletas ao vento dançam a valsa da chegada.
A chuva, doce gotejar de água cristalina, mata a sede dos casulos que libertam borboletas fúlgidas de alegria.
Sou Feliz novamente!
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