terça-feira, 17 de janeiro de 2017

RECORDAÇÕES


Vivi uma temporada na terra em que eu cresci.
A chegada foi uma doce surpresa e o coração saltitava de felicidade.

Fui de caminhão., Além das minhas coisas, duas cadelinhas me acompanharam,
Os olhos passearam pelas ruas e edificações que me traziam recordações de infancia.

Minha casa era linda e confortável e o que mais me encantava era o quintal. Um jardim multicor, esbanjando flores, folhagens de toda espécie. Orquídeas aconchegavam-se nos troncos das árvores, remanescentes da Mata Atlântica.
Da minha janela, via a lua prateada que nascia no  majestoso pedrão.

No fundo, corria o Rio Santo Antonio, rio da minha aldeia que enchia de vida o meu viver. O sussurro das águas amortecia toda a dor viajada comigo em busca do seu final.

Andava pelas ruas de pedra e identificava cada edificação que pertenceu à minha família e as lembranças transformaram minha vida numa caixa de surpresas.

Os olhos observavam as pessoas e me via ainda criança. Mas foram poucas as pessoas reconhecidas.

O tempo é cruel e passa inexoravelmente.

Claro que encontrei


 pessoas que fizeram parte da minha vida. E fiz novas amizades.
Os passeios realizados nas Palmeiras eram dia de festa. Até pic nic fizemos...
Molhar o corpo na água corrente e pura enxaguava a alma que saltitava de alegria.

Posso morrer feliz. A estadia em Ferros foi o suficiente para revigorar a vida de surpresas e descobertas maravilhosas.

Até caminhei pelos ladrilhos hidráulicos da escola onde estudei..

Tudo encantador. Principalmente o tocar do sino e o canto das maritacas . disputando a melodia com o canto dos galos.

Fui feliz. Uma felicidade que jamais esquecerei.
Felicidade que gangorra em minha alma e pede licença pra voltar.

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