Vejo diante de mim uma tela em branco e o teclado prenuncia que palavras serão formadas ,
delineando às vezes, frases desconexas...
Não é mal sinal. Pelo contrário: aviso inexorável de que estou viva, voando como uma borboleta entre flores da memória.
Sinto que a vida recomeça. Não de onde parou, mas depois de um hiato profundo, desenhado por um traçado octogonal onde possibilidades se esvaíram a cada esquina sonhada pela moça teimosa em esperar.
Claro que esperei... "um anjo torto" me disse que tudo se ajeitaria no voltear da vida!
E a vida se fez menina.
Menina levada e reticente em acreditar no possível, no imaginado, na ternura que se esvaiu entre dedos.
Ternura reencontrada no presente. Ternura peneirada entre dores e sorrisos.
Ternura regada de afeto pela sapiência de filhos gerados nas cálidas noites de lua nova, crescente e cheia.
Na lua minguante, minguaram-se as feridas que um dia, sangraram os corações.
Hoje, chuvas de estrelas percorrem o caminho preenchido pelo sabor do reencontro.
Ah! reencontro aguardado pela ternura que salpica de esperança o abraço que se forma no desenho de um coração.
Realmente, sou deliciosamente desconexa...
Ao contrário do previsto, reticências... Vida menina a saborear chocolate nas noites de verão.
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