Terminou o horário de verão. Ainda não me acostumei.
Continuo me deitando muito cedo e me acordando muito cedo também.
As palavras brincam de esconde esconde no cérebro, enrolando e desenrolando um novelo de linhas, bem fininhas, que se transformam em frases entre as paredes da casa.
Coo café, saboreio o primeiro gole, tomo banho e aguardo os movimentos da vida que se fazem presentes pelas janelas entreabertas.
Aqui dentro tem vida. E como tem... Vida a brotar por todos os poros, gritando pra sobreviver.
Acorda, criatura! Uma praça bem traçada e arquitetada para satisfazer seus desejos aguarda por você.
Não espere pela companhia. Ela virá. Enquanto isso, saia pelas ruas.
Caminhe lentamente observando as estrelas que se recolhem a dormir e atente-se aos raios de sol que
iluminam o viver.
A vida, mais uma vez brota estonteante, rodopiando de mãos dadas com as luzes brilhantes do sol.
Permita que a alegria, sua âncora sedutora, desnorteie a irritabilidade que por acaso insistir em acompanhar seus passos.
Saia da rotina. Erga os olhos e siga em frente
.Deixe os cabelos, agora longos, secarem ao movimento suave do vento.
Vento, ento... Dispa-me dos gestos corriqueiros que pesam a alma em eterno movimento.
Abra suas asas sobre o peito que explode , respira e aspira a leveza transcendente da natureza.
Caminhe. Ande docemente pelas avenidas abarrotadas de saudades por você.
Exale felicidade pelos poros entreabertos de prazer.
Vida se faz vida num carrossel de sentimentos que se desenrolam do carretel de ternura.
Ternure-se...
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