domingo, 1 de dezembro de 2013

LIBERTAÇÃO

O coração pergunta: - que fazer pra deixar de lado esta angústia, este vazio, este nó no peito?
Olho ao meu redor quando caminho pelas ruas de Contagem, olho ao redor quando a vejo pela janela do táxi,
Procuro exacerbada em cada canto da minha casa.
Tudo se mostra vazio.
Da janela do meu quarto só vejo um poste de luz, com fios embolados. São necessários, mas cruéis.
Gosto de cães. Tenho dois que me afeiçoam quando estou sozinha. Quase sempre.
Mas há uma solução para meu desassossego: FERROS, uma cidade pequena com o coração maior do mundo.
Pra lá, vou levar minha mudança: as flores esperam, coloridas e perfumadas, o marejar do rio e o riso de novos amigos.
Não se trata de uma mudança geográfica: é o continuar de uma vida, interrompida com meus onze anos
.Onze anos... o verde do vale, as brincadeiras com os primos, o badalar do sino, as amizades, foram trocadas pelo Colégio interno.
Em princípio,colégio PioXII, onde vi lindos flamboaiãs, e nos passeios em fila, conheci a Pampulha...
Depois , em Itabira- Colégio N.S. das Dores, de onde contava os vagões da RFFSA.  . Passavam de cem...
O sino não tocava... mas o som dos violinos estremeciam as almas adolescentes e infantis que habitavam este quase mosteiro...
Hoje me sinto quase livre...
O vale me aguarda com o marulhar do rio, pelo traçado das capistranas, e, acredite você: pelos amigos e pelos perfumes das flores.
São muitas flores: o colorido delas desabrocha o amor de corações, o afeto de amores perdidos,
Vou-me embora pra minha Pasárgada... Conto nos dedos o momento que o sonho realizar-se-a.
Jogarei pelo correr das águas do rio, tudo que faz sangrar o coração menino...
Renascerei!

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