sábado, 21 de setembro de 2013

GIRASSOL

Um girassol floriu com a delicadeza do amarelo a minha vida. Não estava sozinho.
Com a flor, tendo como suporte um caule verde e vigoroso, traçou pela casa linhas de paz e de perdão.
Janna e Jade, as princesas da casa, depois de rodopiarem pela sala em torno do girassol, dormiram em paz.
Uma energia branda rodopiou por entre os mistérios e emblemas possíveis do fim da solidão.
Não estou acobertada pela dor e pelo medo.
Os dedos catam letras a formar palavras que demonstram o ressurgir de uma alma que se fez prisioneira na saia da cigana.
Dancei as pernas e caí na obscuridade do breu.
Caí.
De quatro, me vi entregue às maledicências do mal.
Me ergui. Pétalas do girassol me deixaram de pé e com o caule, traçamos um propósito: ser feliz...
O perdão sopiou pelos cantos e, leve como uma pluma, voei como um pássaro.
Livre, leve e solta, li o meu destino entre linhas de minhas mãos e vaguei solta entre o colorido do solstício da primavera.

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