terça-feira, 15 de maio de 2012

REFLEXÕES DE UMA BORBAGATENSE

Amigos do Borba! Andei refletindo a respeito de algumas coisas. Creio que vocês me darão razão. Estamos todos nós nos deliciando com um Borba, reminiscentes dos Ferreiros, que já não existe mais. Não há queima de Judas, não há TV Itacolomi, muito menos Senhor Luiz Vieira e seu clã, trazendo alegria para o distrito. Ninguém me disse a respeito da Festa de São Sebastião hoje. Vivemos todos presos a um passado, sem pensar nos borbagatenses que vivem lá hoje, e as carências que podem os incomodar. As pessoas, parecem não entender meu desejo: fazer alguma coisa pelo Borba, já que, não tendo dinheiro, apenas algum conhecimento histórico. O passado não nos é útil apenas para vivermos de saudosismo nostálgico,conversando diante de fotografias amarelecidas pelo tempo, ou perfeitas pela qualidade da Rolleiflex... Estamos todos longe do Borba:- o que o Borba quer de nós? Que podemos fazer para que o sentimento de pertencimento realmente atinja "os Ferreiros"? Seus herdeiros estão lá. Vítimas de drogas, crack, bebedeiras, assaltos e tristezas mais. Pensamos num Centro Cultural para a salvaguarda de uma elite ou um espaço cultural que atenda as necessidades de seus moradores? Como trabalhar esta memória para beneficiar uma comunidade? Lanço o desafio: - pensem comigo! Nenhum de nós temos nosso dia a dia lá. Apenas sonhamos com "Um Shangrilá", onde possamos ter encontros passageiros. Não me levem a mal. Pensem comigo e cada um reflita em sua resposta. Já reconheci meu erro: saudosismo de um passado que passa a ser generalizado. E a "bocuda" do Borba" nem estava lá... Há quem pense que quero um livro... NÂO! Se algo fosse publicado, seria uma produção coletiva! Viajemos pelo presente... E que respostas brotem como as ramas de abóboras.

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