sexta-feira, 19 de abril de 2013

ALMA LEVADA

Tenho uma alma serelepe, tão serelepe, que foge aos padrões impostos pelas leis mundanas.
Assim, como uma menina travessa para qual o tempo passou pela metade.
Claro ! o tempo passou... e com uma velocidade absurda e cruel.
Como alma criança, não senti as alfinetadas da vida, a ponto de sangrar.
As cutucadas das agulhas, feriram, mas não tiraram de mim a reação em favor da vida.
A menina que mora em mim insiste e persiste em viver... Delicia!
Acompanho a menina naquilo que meu corpo não faz mais. Aliás, bem que o corpo é muito altivo ao seguir a minha menina!
Talvez não envelheça.
É possível que a alma arteira continue a surrupiar as leis da natureza e continuar sendo uma alma mundana...
Mundana, sim, porque não? Tenho mãos feitas para tocar o possível e boca para beijar o impossível.
Crudelíssima... adoravelmente viva: corpo e alma se digladiam.
O coração, depositário da alma se cala e bate palmas para a insensatez do corpo.
O corpo, esse menino glamouroso,é guardião da alma levada, que brinca com Menino Jesus de "faz de conta".
Nesse faz de conta, alma serelepe que habita um corpo levado, dá lições da realidade.
Acorda, menina... Dê espaço à alma serelepe, pois ela manda no pedaço!
Corpo? ora corpo... seu olhar é aquele que pontua a safadeza da alma levada.
Alma levada que persegue a luz do amanhecer...

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