quarta-feira, 11 de maio de 2011

Êstase

Caminho pela casa.
Tudo cheira a perfume francês.



A roupa enlouquece o corpo da mulher em busca do prazer.
A fêmea se transmuda em oncinha,a espera de seu cúmplice que chega de mansinho.
Caça e caçador, macho e fêmea, brincam de encontro e desencontros pelo espaço que tem cheiro de desejo.
Bocas murmuram palavras desconexas e um movimento onírico faz despir a nudez de corpos que se desejam e se molham na penumbra do querer.
O suor escorre pelo corpo que exala a fome do toque e corpos se tocam numa fome que transforma almas em paz.
Roupas se espalham pela casa, molhadas pela cerveja que se une ao suor do desejo de corpos plenos num arrepio de prazer.
A música preenche o ambiente e o espaço se transforma numa nudez celestial.
Corpos arrepiam-se de prazer e a penumbra da lua se intromete nos desejos e volúpias de movimentos entrelaçados num abraço abraçado e perdido na solidão a dois.
Tudo é pleno. Menos o amor que não existe.

Baruch

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