sábado, 26 de fevereiro de 2011

Paz

A calma escalpela aflições antes vividas,
medidas em alqueires pela dor e a amargura de uma vida vã.
Sua voz soa mais doce, suave em seu tom grave,
voz que enche a casa de ternura e o sorriso matreiro
de uma criança crescida machucada pela dor.
Não sinto mais medo: a calmaria é saboreada com morangos vermelhos,
carnudos, fazendo do meu amor a doçura inebriante do mel.
Nada mais terroriza a esperança de uma vida calma,
iluminada pelo sol que abraça o desejo de ternura que salta aos olhos
de um homem despido de sua mágoa.
Meu amor está livre e sua alma viaja pelo céu como um balão colorido
levando em seu interior o branco da paz.
A liberdade não viaja por trilhos invisíveis.
Vem de tardinha para acalmar o sono
a permitir o repouso justo de quem amou com loucura.
Loucura que levou ao inferno o coração amante.
Hoje, paz!

Para Paulo Couto.

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