sábado, 19 de junho de 2010

Liberdade de ser só

O amor feriu minha alma como se fere a carne.
Tudo em vão,como a vontade de ter uma companhia.
Nasci para a solidão, para ficar eternamente só,
Entre pássaro, flores, livros
e a cerveja que amacia a dor pela falta dos amigos.
Sou frangalho de gente a sentir o palpitar amargo do coração.
Mas,continuo amando pessoas queridas, diferentes de mim.
Não sei buscar recursos para amainar a solidão.
Sei ouvir o canto do pássaro e me deliciar com poesias
que fazem adormecer o coração.
Deixá-lo quietinho como uma largarta em seu casulo,
esperando o voo para a liberdade.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chico

Canário belga a alegrar a vida, completar os dias,
trinar com seu canto os ouvidos surdos de afeto.
O bom dia fez parte da vida, do amanhecer friozinho
quando se abria a janela.
No calor, seu banho esparramava água e alegria pela janela
depois de se fartar da comidinha oferecida com carinho.
Mas a morte chega.
E leva consigo a desesperança
e ao mesmo tempo traz a esperança do renascer...
Nascer de novo para a vida que se faz de tonta diante da surpresa
da morte.
Morte. aparencia de dor que se transforma em esperança.
Esperança de um trinado diferente aliviando a alma
que se desfaz em pétalas de girassóis...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mimmo

Fico quietinha a ver meu amor trabalhar.
Sinto seus olhos, seu ar compenetrado, seu jeito manso de ser Mimmo.
Não me importo.
Quando podemos, o amor se faz presente e o calor da alma queima a vida
que se faz inteira...
Estou apaixonada.
Enquanto espero, ouço músicas italianas enviadas por ele e beijo sua fotografia
a olhar para mim, com seus olhos quentes.
Do amanhecer ao anoitecer, Mimmo aquece a vida,
que de tão vazia é preenchida pelo amor.
E espero e espero e espero...