domingo, 30 de março de 2014

Molejo

Desenrosco o meu cabelo na sombra do acaso
Sinto-me uma enlouquecida à sombra do vazio da imensidão.
Não tem nada não.
O cabelo é liso e a imensidão é poderosa,
Dona do cabelo que se faz teimoso,
Dona da vida que se faz triste. 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Miragem.

Hoje a companhia se fez vazia
Nenhum vocabulário preencheu o vazio da alma
Sou um ser andante, vazio, que não se preenche com nada vulgar.
Uma criatura de carne, feita de gente, e que as praias e os goals se fazem vazio.
Não fico sentida, nem agrado aos corações...
Sou filha de Maria, pedaço daquilo que se perdeu
no vagar da lua...

segunda-feira, 17 de março de 2014

JANELA

Que vejo da minha janela?
Vejo flores, canteiros, borboletas risonhas , pássaros ousados a comer bananas,
E à noite vejo a lua rodando a saia em torno do pedrão...
Ela se faz de garota diante a magnitude do pedrão, que guarda histórias e mistérios de uma cidade.
Da minha janela, vejo a vida que vivo!

domingo, 9 de março de 2014

A moça da janela

A moça da janela, hoje enfrentou as maritacas.
Convidou-as para um café ou um bucado de ração.
A vida sempre surpreende quem chega em sua terra:
Ou você capinou o quintal, ou esperou que alguém capinasse por você.
Mas ofereço minha casa, minha alma a quem me julga forasteira!
Aliás, com raras exceções cheguei antes de vocês...
Quero-as a meu lado, questionando os problemas da cidade, parceiras nas resoluções dos problemas...
O resto é o resto...

domingo, 2 de março de 2014

Carnaval

Estou em Ferros.
A vida corre entre capistranas e meios fios
Entre fios e meios fios , sorrisos educados , pelejados pelo AKA!
Sou feliz entre os mistérios da alma e do silêncio de quem amo.
Os mistérios debulham-se entre batucadas que se fazem silencio, no silencio dos mistérios.
Continuo intocada pela batucada, pelo calar dos tambores , calar que se faz na trajetória da batucada.
Sou amante do do re mi fa sol que se traduz em bálsamo para os ouvidos.
sou amante do buarquejar, caetanear,, silveirar e tudo aquilo que se traduz em sintonia...
O apagão me tirou do sério. Apagou da memória  Chiquinha Gonzaga, a quem amo de paixão, abrindo alas em seu pelejar.Mas vá adiante, mulher
Atropelos existem pra testar sua força, seu desejo, a alma da mulher.
Mulher que se faz perene no AKÁ , até logo,
Vá rezar!


sábado, 22 de fevereiro de 2014

IMPREVISTOS

Hoje em Ferros, acontece o encontro de cavaleiros.
Pelas ruas, ouço o toque das ferraduras. Chego à
`janela e percebo as idas e vindas dos cavaleiros pela sua jornada. Homens e mulheres a caráter
e  nas mãos , latas de cerveja e o embornal de pinga...
Corro a fotografar: imprevisto: a bateria da máquina acabou!
Há situações que só ficam na retina...
Foi tudo muito lindo, principalmente a chegada dos cavaleiros no fim da tarde, rumo à praça.
Lá, o tropeiro espera por eles. Matará a fome, como tira gosto da pinga que jorra!
Não vou à praça. O forró é bom... Mas não sei dançar...
Prefiro ficar em minha casa ouvindo composições do Paulinho da Viola!
E o calçamento fica lotado do estrume de éguas e cavalos que passearam pelo pedaço...
Dá-lhe forró! Da próxima vez serei mais cuidadosa com a máquina fotográfica.
Desta vez, só minha retina pra contar a história!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Analogia de um sonho

Ando por uma cidade cheia de memórias e as memórias brincam comigo.
Passeio pelas capistranas do sonho e prossigo.
Escavaco meu dedão em histórias que se foram ,fazem de mim uma mulher que roda seu vestido de cigana
no caminhar andarilho do ser humano.
E registro no meu caminhar, minha história e histórias daqueles que caminharam junto a mim

Não sou sozinha. Os antepassados traçaram em mim o que é patrimônio...
Pater... família que doou a mim, o sonho de liberdade..