sexta-feira, 30 de julho de 2010

SOLITUDINE

não sei ao certo o que é alegria
nem sei se sou feliz ou não.
Sou alguém que procura a completude nas
palavras e gestos, no canto dos pássaros,
na música e no amor que não vem.
Não espero nenhum sentimento diferente.
Aceito a música, doce melodia a preencher a vida
e o vazio profundo a chorar sua existência.
A musica substitui o carinho que tarda em função
do fuso horário que é feroz.
Enquanto isso a birra desliza pela garganta da
brasileira que ainda acredita no amor, mesmo a distância.
A solitude brinca de vai e vem com o coração menino,
coração bobo que espera a alegria proporcionada pela musica italiana.
Solitudine no! Allegria
Allegria que não chega, mesmo na madrugada fria.

sábado, 10 de julho de 2010

Só porque estava distraida

Estava distraida em minha solidão quando minha alma se iluminou...
o pássaro cantou como nunca e minha pele se transformou em seda
em mãos macias e calmas...
O olhar mostrou a alma que, entontecida de alegria fez o corpo tremer.
Beijos carinhosos e molhados percorreram corpos
E o amor estremeceu a vida
que há muito dormia em sua solitude.
tudo aconteceu, pois estava distraida observando os ipês rosa que enchem a cidade de cores...
Agora ando feliz a esperar outro momento de distração!
Quero morrer distraida para reencontrar a paz.
Paz entrelaçada em pernas,quentes e faceiras no abraço
que amortece a solidão e tras de volta a alegria de viver.
Os olhos, mais que verdes abraçam a luz e desenvolvem felicidade...
Luminosidade etérea trazida pelo vento!

domingo, 4 de julho de 2010

Mimmo

Acordo faceira após uma noite bem dormida.
A esperança guia o coração para momentos felizes.

Mas, nem tudo acontece como sonhamos:
A dor da solidão me obriga a viver sozinha.

Só como o bem- ti- vi que canta sua alegria de viver,
Saudando o amanhecer.

Sol e lua dominam o céu.
A lua insiste em mostrar seu brilho,
E sua luminosidade chega a ofuscar a beleza do sol.

Sou assim com meu amor: sol e lua.
Mimmosa cena de separação.
A faceirice ao acordar foi só uma expectativa que se foi.

A lua se vai e o sol reina absoluto.
Enquanto isso, Mimmo canta enchendo a casa com seu trinado de paz.


Mimmosice ao som do canto do pássaro.

Não há como ser infeliz...

Canto!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Inverno

A saudade é carregada pelo vento, pra lá e pra cá,
desrespeitando a hombridade da mulher.
Mulher que transforma em versos a dor da ausência do seu amor.
Amor fugidio, faceiro, oculto na profundidade da alma.
Mulher que se despe, demonstrando todo sentimento que sacode suas entranhas.
Saudade que se desnuda diante dos ipês rosa, floridos, encantando a passagem da solidão.
Solidão não se esvai: percorre as veias, dilacera o coração que diz não.
Não. O quarto vazio não se preenche com saudades de momentos que ainda estão por vir.
Versos desnudam a alma, o corpo inteiro, as entranhas.
Saudade matreira a esfacelar palavras e jogá-las pelo vento.
Vento macio zumbindo nos ouvidos femininos, espalhando letras,
formando a palavra saudade.
Inverno!