quinta-feira, 14 de agosto de 2014

VIAGEM PELO TEMPO

Vivi de madura, na cidade grande.
De pequena, corria pelos campos, fazia vassouras de ramos pra varrer o forno de barro da minha mãe.
Não quero dizer da madureza, pois agora, ando de ré...
De volta à infância, crio galinhas: a madureza permitiu que cultivasse horta e criasse galinhas.
Tem uma vantagem:  de menina, recebia santinho de padre safado...
De madura, bato boca com diácono de merda, que defende o bispo como uma carola.
Coitado! Não sabe o que fala... O cérebro é miudinho diante dos músculos de um macho men...
As imagens dos santos restaurados o perseguem... o Bispo é quem manda...
Ele não sabe que a ditadura já passou e que a Igreja é secular...
Não bate no peito mea culpa. Não sabe o que é isso.
A madureza me permite criar galinhas e, quem sabe comprar patos nas mãos do Cica?
E a cidade , mais que pequena, me acolhe de braços abertos!
Afinal, minha mãe usava creme de alface na pele...
E que delícia é uma alface saboreada pela pele e pelo paladar...