sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SEMENTES DE GIRASSÓIS

Em pensamentos, passei por um campo de girassóis que, de tão lindos, abençoavam a alma.
O vento soprava brando e mesmo assim as sementes deixavam as flores e, sozinhas, semeavam-se pelos campos do coração.
Amor, paz, sobriedade, perdão, harmonia e outras virtudes se ajeitavam em meu peito.
Ervas daninhas já haviam sido arrancadas do terreno fértil do cordis que, enquanto coberto de plantas venenosas, sofria de amargura.
Mas, ventos de boa nova limparam as veias e artérias do coração, acomodando as sementes puras dos girassóis e cobrindo de bençãos nova vida que se iniciou para mim.
Espíritos de luz, anjos da boa nova, meus queridos do plano astral vieram todos para assistir ao renascimento de uma alma que se afligia com falsas alegrias.
Hoje, me sinto outra pessoa e o colorido das pétalas dos girassóis cobrem o chão onde piso.
Não vem ao caso citar nomes... Essas pessoas, que pelo vento ajudaram a soprar e semear as sementes do bem, sabem quem são.
Os instrumentos da paz de São Francisco de Assis e Santa Clara agiram com presteza e caridade...
E trouxeram a paz para nossas vidas...
E a vida cigana rodopiou a saia novamente e agora espera mansamente seu momento de trabalhar para ajudar meus irmãos de alma. Olé!

sábado, 21 de setembro de 2013

GIRASSOL

Um girassol floriu com a delicadeza do amarelo a minha vida. Não estava sozinho.
Com a flor, tendo como suporte um caule verde e vigoroso, traçou pela casa linhas de paz e de perdão.
Janna e Jade, as princesas da casa, depois de rodopiarem pela sala em torno do girassol, dormiram em paz.
Uma energia branda rodopiou por entre os mistérios e emblemas possíveis do fim da solidão.
Não estou acobertada pela dor e pelo medo.
Os dedos catam letras a formar palavras que demonstram o ressurgir de uma alma que se fez prisioneira na saia da cigana.
Dancei as pernas e caí na obscuridade do breu.
Caí.
De quatro, me vi entregue às maledicências do mal.
Me ergui. Pétalas do girassol me deixaram de pé e com o caule, traçamos um propósito: ser feliz...
O perdão sopiou pelos cantos e, leve como uma pluma, voei como um pássaro.
Livre, leve e solta, li o meu destino entre linhas de minhas mãos e vaguei solta entre o colorido do solstício da primavera.

sábado, 14 de setembro de 2013

DELÍRIOS DE UMA SONHADORA

Uma vida presume-se em verdades, delírios e mentiras.
Assim é a alma do poeta: entre palavras, se expõe entre verdades, delírios e mentiras!
Somos fingidores: brincamos de faz de conta ao som da música e de máscaras bonitas, coloridas e falsas.
Falsas pelo sentimento fingidor da poeta que ousa sonhar, apesar de conhecer os caminhos da mentira!
Mentira pura, assim dizia a alma da criança boba, que descia morro no lombo do carneiro.
Mentira pura contada à mulher, que se desfaz em fantasias para viver um sonho sonhado e mentiroso.
Fantasias que tem validade vencida ao sabor da aguardente que se exala ao som da música audaciosa e mentirosa!
A luz do sol apaga tudo; derruba toda a história que voa, voa ao som dos acordes que levam ao mar.
Marinheiro, segura essa... o corpo dela não ofusca a luz do sol.
Parceiro de mentira... foge ao delírio que ofusca olhares e apaga filmagens mentirosas de uma vida que não significa nada.
Nada além de uma bobagem chamada delírio e sonho derretido ao calor do sol.