domingo, 27 de maio de 2012

ERA UMA VEZ, UMA ESCOLA...

Na terra dos "Ferreiros" havia uma única escola que atendia às primeiras séries: "Escolas Reunidas do Borba Gato". Esta instituição escolar atendia a toda a comunidade do Distrito. Seu estado físico era deplorável, o pior possível: "casarão velho", paredes de pau a pique, amarrados com cipós, cortinas de chita separando uma sala de aula da outra, vozes de professores e alunos se misturando, enfim, um caos. Apesar de tudo, uma festa: afinal haviam pessoas que pensavam e soluções apareciam, mesmo que inusitadas de acordo com a inteligência do mineiro. Uma professora, muito especial, pensou numa alternativa: "Se o governo não vem até aonde é necessário, o mineiro traz o governo até onde deveria estar presente"... Chamou os filhos da Dazica, tia Conceição Barbosa, Senhor Noé, dona Celeste, todos os alunos e expôs um plano surreal, que inspirou Ziraldo em várias das criações de suas aventuras... A meninada e professoras maluquinhas deram uma de demolidores... Não disse que o Borba sai primeiro? Com uma técnica de fazer inveja a qualquer engenheiro, começaram o trabalho... amarravam cipós nos bambus já podres e crás... era uma vez uma parte das paredes dos fundos... Como a aventura era na calada da noite, algumas pessoas acordavam com o barulho, mas como tudo era bem feito, sem suspeitas, voltavam a dormir. E um mês se passou... de cipó em cipó, paredes e paredes, bum...........!!!! A Casa Velha veio ao chão! A edificação que abrigava a Escola, deixou de existir... E agora? Como fazer? Debandada geral... O calendário escolar precisava ser cumprido! SÃO ORDENS! A criançada do Borba foi espalhada por várias as casas . Em cada uma, uma sala de aula, entre galinhas, porcos e pessoas desassossegadas com o furdunço.. A professora hoje, se diz inconsequente. Mas na realidade, ela criou uma situação irreversível para que o governo olhasse para os menos favorecidos. A solução teria que aparecer... Afinal, porcos, galinhas, alunos e professores, só no mundo virtual de Monteiro Lobato. A resposta demorou, mas veio. Claro! Afinal o número de aprovações é mais importante para a estatística do Estado! A PROFESSORA? NOSSA QUERIDA JOSEPHA MAGALHÃES, anarquista de primeira que nos mostrou a incompetência do Estado em relação à Educação. Zepha e seus cúmplices supimpas deixaram claro que a união traz soluções para qualquer problema! Pensam que o Distrito ficou sem Escola? Aguardem! Josepha Magalhães relatará o segundo ato! Afinal, fez teatro com o sensível José Gomes da Silveira... E deu sangue para a construção do saber e formação moral , ética e educacional do borbagatense! À professora Josepha Magalhães, nosso respeito e admiração. Zélia Gattai que se cuidasse... O Borba tem Zepha!

terça-feira, 15 de maio de 2012

MALUKIN

Acordo pela manhã, manhã manhecida cedinho... Cedinho como eu. Caminho para a cozinha e Mimmo logo responde aos movimentos que faço, mesmo que de mansinho. Me acostumei a falar sozinha... Coo o café que perfuma a casa toda. A primeira xícara é minha e exala seu cheiro em cada canto da casinha. Ontem dormi o dia todo, lambendo minhas feridas. Como doeram... Como mulher calejada, me preparo para ir de encontro ao mar. E através do PC, converso com amigos virtuais, a esperar pelo meu bom dia! hoje, tudo é colorido... Alguém me cutuca... Veio no momento em que precisava de ajuda: profissional e afetiva... As lambidas nas feridas trouxeram até a mim, o Malukin... Que seja por duas horas: meu problema virtual foi resolvido E sua graça engraçada, fez com que gargalhadas ecoassem pela casa. foi um anjo a mostrar novas facetas do sol, mostrando que o sorriso é a luz da vida! E a luz da vida brilha uma vez: outros brilhos virão a aconchegar a alma. Não acredito em luzes cavernosas. São assaz perigosas. A luz que brilhou hoje tirou a mim de caminhos perigosos! Bem vindo, Malukin! Salvou minha vida!

REFLEXÕES DE UMA BORBAGATENSE

Amigos do Borba! Andei refletindo a respeito de algumas coisas. Creio que vocês me darão razão. Estamos todos nós nos deliciando com um Borba, reminiscentes dos Ferreiros, que já não existe mais. Não há queima de Judas, não há TV Itacolomi, muito menos Senhor Luiz Vieira e seu clã, trazendo alegria para o distrito. Ninguém me disse a respeito da Festa de São Sebastião hoje. Vivemos todos presos a um passado, sem pensar nos borbagatenses que vivem lá hoje, e as carências que podem os incomodar. As pessoas, parecem não entender meu desejo: fazer alguma coisa pelo Borba, já que, não tendo dinheiro, apenas algum conhecimento histórico. O passado não nos é útil apenas para vivermos de saudosismo nostálgico,conversando diante de fotografias amarelecidas pelo tempo, ou perfeitas pela qualidade da Rolleiflex... Estamos todos longe do Borba:- o que o Borba quer de nós? Que podemos fazer para que o sentimento de pertencimento realmente atinja "os Ferreiros"? Seus herdeiros estão lá. Vítimas de drogas, crack, bebedeiras, assaltos e tristezas mais. Pensamos num Centro Cultural para a salvaguarda de uma elite ou um espaço cultural que atenda as necessidades de seus moradores? Como trabalhar esta memória para beneficiar uma comunidade? Lanço o desafio: - pensem comigo! Nenhum de nós temos nosso dia a dia lá. Apenas sonhamos com "Um Shangrilá", onde possamos ter encontros passageiros. Não me levem a mal. Pensem comigo e cada um reflita em sua resposta. Já reconheci meu erro: saudosismo de um passado que passa a ser generalizado. E a "bocuda" do Borba" nem estava lá... Há quem pense que quero um livro... NÂO! Se algo fosse publicado, seria uma produção coletiva! Viajemos pelo presente... E que respostas brotem como as ramas de abóboras.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

MANOTAS DE UMA CANDIDATA A BORBAGATENSENSE

Sou Júlia Carolina da Cunha, candidata ferrenha a ser uma borbagatense, ou um membro dos "Ferreiros". Tenho a alma cigana e, procuro desesperadamente um pouso macio, onde meus sonhos interioranos se aquietem e deixem meu coração em paz! Trabalho há 25 anos em Contagem. Tenho até título de cidadã honorária... Mas esta honraria não me satisfaz: quero mais... andar entre as bananeiras do Borba e encontrar entre as ramas, uma bela abóbora pra fazer com quiabo e angu! Desde que me meti a borbagatense, muitas manotas cometi! Não sei por onde começar... Melhor pelo começo: todas as primosas se transformaram em minhas primas e me meti entre elas, como se houvesse participado de suas brincadeiras pelas ruelas do Borba! Haja cavalos para aguentar nossas proezas... Morros eram descidos e caras esfoladas pelo chão. Tias então, todas se tornaram minhas queridas, com suas histórias instigantes diante das fotografias postadas no "FaceBorba". De foto em foto, as histórias se formavam em minha cabeça e só não acreditei na visita do Papa João Paulo II ao Borba, porque sei do roteiro dele... O aeroporto estava desativado! O Borbagatense "apiava" no aeroporto de Carmésia... E o Papa não chegou até o Borba. Ficou por Carmésia mesmo. Roberto Glória é craque num photoshop e na curtição das pessoas! Nesta não caí... Mas caí numa supimpa... o encontro do Borba Grande com o Rio Santo Antonio... Gente! fiquei tão encantada, que não acordei que o Borba não tinha Rio, muito menos que se encontrava com o Santo Antonio, formando pororoca... Ah! Roberto! No nosso encontro beberemos várias por esta bobice... As tias, bem lindas no Rio de Janeiro, e eu, as situando no Borba! Ah! Júlia Carolina... sua bocuda... Mas não me importo! A Zepha e seus alunos não puseram uma escola abaixo? A Roleiflex do Roberto vai registrar nossas gargalhadas. E aposto que manotas surgirão. E cerveja com manotas se traduzem num fraldão que vou usar. Mas que sou Borbagatense "bocuda", eu sou! Dos Ferreiros, tenho o pó dos Ferros nas entranhas, que faço questão de deixá-los lá... Quem sabe um deles faz a planta arquitetônica do nosso Centro Cultural? Nós desejamos. E este desejo estrapola o lugarejo e vai parar lá nas Manáguas...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O AEROPORTO DO BORBA GATO

Os caminhos que rodeiam a região do Borba são verdejantes. E não é pra se reclamar: jeeps, caminhões de leite, carros de boi, jardineiras e cavalos bons de sela transitam por lá numa leveza de fazer inveja: o verde que "margeia" sua estrada e as pessoas que se achegam, respiram fundo e dizem: - Lá está o Borbinha!!! Não é que algumas pessoas queriam mais? Chegar no Borba pelo céu azul... Galeno começa a história: Foi criada uma comissão para financiar a obra de uma construção super inovadora. Sabem o que? a construção de um aeroporto. Afinal, "os Ferreiros" mereciam chegar e receber seus visitantes pelos ares... "Seu" Abílio doou o terreno. Luiz Vieira, "Seu" Joviano- pai do Galeno-, "seu" Juventino, Antonio Justino e Zé Vieira formavam a comissão. Imaginem como foi feita a obra... realizada com duas juntas de bois, cedidas pelo João Procópio! Quem diz que a população ficou parada? - todos se empenharam em arrancar os tocos do terreno! Mãe de Zuleni enriquece a história... - O Benedito, ( será o Valladares?...) chegou a sobrevoar o Borba, mas não houve aterrizagem por medo das montanhas! Eta Minas... Eta montanhas montanhosas que encantam o mundo... Acreditem, se quiserem, mas houve um momento em que sobrevoaram o Borba, jogando revistinhas para as crianças do Grupo Escolar. Eta ferro! -Será se Getúlio esteve por lá??? D. Nhanhá, diretora da época , levou as crianças para o fundo da casa do Sô Jovelino para assistirem de perto... Alzira Procópio levanta a possibilidade a respeito da existência de dois aeroportos: foi minha mãe que contou... foi na fazenda do famoso português, avô dela. Até telefone não era novidade... E os Ferreiros, ficam se relembrando de mais uma história de sua Terra... O Borba? Ora o Borba! Estava preocupado com suas esmeraldas... E repito: As esmeraldas continuam nos olhos esperançosos dos Ferreiros... -Não é Suely? confirma com a Josepha! Ela está de volta: ela sabe cantar: "Surgiu lá do céu mais uma estrela, apareceu "Benedito Drumond"... a meninada do grupo ficou esperando até hoje, o que não apareceu... - Quem te contou, Marília Procópio?