sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Meu nome é Júlia. E o seu?

Descubro quem sou.
Deitada no divã, a alma se desnuda sem pudor diante de mim.
A cada hora mostra uma faceta que eu jurava conhecer:
suas curvas, retas, em sua maioria curvas sinuosas e lindas.
A alma é colorida: cores se revolvem num movimento lúdico, ora feliz, ora triste.
A dança é sensual: descobrir-me permite orgasmos múltiplos redesenhados entre risos e sorrisos faceiros.
Sou alma ambulante perdendo o medo de ser feliz.
O balet é sinuoso e as curvas são feitas com doçura de acordo com a música de Mozart.
Meu nome é Júlia.
E o seu?

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Casinha

Nas aulas de português do Colégio Pio XII
a professora mandava fazer redações.
Para mim , escrever redações era a mesma coisa que soltar as asas da imaginação
e falar dos flamboyants floridos na primavera e
não existissem flores.

As flores sempre existiram em minnhalma,
mesmo quando só eu as vejo.

E a casinha é feita de flores
de todas as cores.

E a imaginação vagueia
entre flabomyants floridos na primavera

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Festa de batizado

O coração bate descompassadamente.
Massas e maçãs escorrem pela boca
num movimneto de prazer.
Vinho enrubesce as bochechas, não sei se de gozo ou timidez...
Música suave, sons de sax e do violino que insiste em se mostrar.
Olhares se cruzam num movimento de busca de um passado distante,
mas que insiste em se fazer presente.
A persiana bate pela janela e a lua se faz minguante.
O teatro acabou. Fecham-se as cortinas.
Fim do primeiro ato!

Sonho de criança

O coração bate descompassadamente.
Massas e maçãs rodeiam o paladar dando água na boca...
Música suave, vinho colorindo as bochechas,
não sei se de prazer ou timidez.
Sons de sax, notas dissonantes do violino que insistem em se mostrar.
Olhares se cruzam como a buscar um passado que ficou distante.
A persiana bate na janela mostrando que a lua é minguante.
Acorda, menina. O teatro acabou. Fecham-se as cortinas.
Fim do primeiro ato.